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A morte do cineasta Eduardo Coutinho, 81, neste domingo (02/02), deixou diretores brasileiros chocados. Coutinho foi assassinado a facadas por volta das 11h50 dentro de casa, no bairro da Lagoa, zona sul do Rio. O filho, Daniel Coutinho, é tido como o principal suspeito, segundo a polícia.

O diretor Cacá Diegues disse considerar Coutinho "o maior documentarista brasileiro".

"Ele sempre foi um homem sereno, bom e calmo. Não conheço nenhum inimigo de Eduardo Coutinho", afirmou Diegues.

"Estou chocado. Que história absurda. Eu conheci Coutinho há muitos anos. Ele foi o maior documentarista brasileiro, um homem muito inteligente. Era um prazer conversar com o Coutinho. Fico espantado que isso tenha acontecido. Fico chocado porque ele sempre foi um homem sereno, bom e calmo. Não conheço nenhum inimigo de Eduardo Coutinho. Ele foi sempre se renovando. Cada filme seu era uma novidade. Coutinho foi um cineasta muito original."CACÁ DIEGUES, cineasta

"Não ha ninguém no Brasil que possa ocupar o lugar do Coutinho. Fica o vazio. Esse era um mestre."FERNANDO MEIRELLES, cineasta, no Twitter

"Estou arrasado. Ele é o maior cineasta do Brasil. O mais instigante, o mais jovem, o que mais construiu desafios para ele mesmo. Ele construía desafios para cada filme que fazia. Idolatro ele. Ele era um amigo. Isso é muito louco. Ele era muito disposto a inovar, sempre se propunha a novos métodos, novas formas. Ele sempre mudava o olhar, ele não acreditava que era o Eduardo Coutinho pronto. Pra mim, "Jogo de Cena" muda a história do cinema do mundo, não é um detalhe: acaba absolutamente com a ideia de velha entre ficção e documentário, por isso que é histórico."KIKO GOIFMAN, cineasta

"Estou chocado. O Coutinho era um dos maiores nomes do cinema. O cinema dele virou um gênero dentro do Brasil. O cinema perde um de seus grandes realizadores. Tínhamos uma relação de admiração. Era uma pessoa maravilhosa, focado no trabalho que fazia, muito sério, compromissado a chegar à verdade. Tinha uma linha de documentário que inspirou outras pessoas. É um tipo de documental aprofundado, algo que mostra muito claramente o foco. Desde o "Cabra" lá atrás, até o "Master", são obras de arte."CAIO GULLANE, produtor

"Ele é simplesmente o nosso maior documentarista. Para mim, o maior mestre, a minha referência. Levar o documentário para as salas de cinema e fazer público... Puxa vida!"LAÍS BODANZKY, cineasta

"Estou chocado. Com certeza, ele teve uma importância incomensurável no público. Foi capaz de fazer filmes que, mesmo sendo documentários, conseguiram mobilizar público. Venceu uma barreira e abriu espaço para outros. A gente pode falar em antes e depois de Coutinho no documentário, do ponto de vista do alcance. Acho que uma coisa que ele conseguiu fazer é dar uma dramaturgia aos documentário, que tinha uma narrativa e envolvia o espectador, não era como uma reportagem. Ele criava essa dramaturgia. O "Edifício Master" é um dos grandes filmes do cinema brasileiro, e um dos melhores dele. Você vai se envolvendo com aquelas vidas, com aquelas comunidades, quase como se fosse uma ficção."ANDRÉ STURM, diretor do Museu da Imagem e do Som de São Paulo e da distribuidora Pandora Filmes "Eu sempre o chamava de mestre, mas ele era mais que isso. Era um farol. A mente brilhante no nosso cinema brasileiro. A última vez que nos vimos foi na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Ele me prometeu ir assistir a "O Homem das Multidões" [dirigido por Gomes e por Cao Guimarães]. Ele cumpriu a promessa e foi. Que honra. Conversamos depois do filme e foi um aprendizado, assim como eram todos as conversas com ele. Toda as vezes em que conversava com o Coutinho aprendia algo sobre cinema e também sobre a vida. A conferência dele na última Flip [[Festa Literária Internacional de Paraty] foi histórica. Uma grande aula pra toda a vida."MARCELO GOMES, cineasta

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