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O filme brasileiro "A casa de Alice", de Chico Teixeira, uma das contribuições brasileiras para a sessão não-competitiva Panorama no Festival de Berlim, foi elogiado como "uma descoberta" em uma crítica do jornal alemão "Tagesspiegel". Na opinião da crítica Daniela Saanwald, é a observação dos detalhes, do que não é encenado, que faz de "A casa de Alice" uma "pequena descoberta do festival".

O primeiro filme de ficção do documentarista paulista Teixeira, protagonizado pela atriz carioca Carla Ribas, mostra uma família em um pequeno apartamento de São Paulo.

- Este filme expõe de certa forma a exploração da mulher no Brasil, com as suas tarefas de dona-de-casa e a necessidade de trabalhar para ganhar dinheiro. É também sobre o relacionamento afetivo, pois mostra a solidão de Alice, mesmo vivendo com muitas pessoas (a mãe, o marido e os três filhos) - disse Carla Ribas, pouco depois da exibição do filme, nesta quarta-feira.

O filme já havia recebido um prêmio em San Sebastian, na Espanha, e está a caminho de uma carreira internacional, pois vai participar de festivais também em Miami, Toulouse e Guadalajara.

Também na Panorama, o último filme brasileiro exibido em Berlim, esta quinta-feira, aborda o tema da exploração da mulher, embora em um outro contexto. Em "Deserto feliz", o pernambucano Paulo Caldas fez uma ficção em forma de documentário sobre a prostituição infantil.

O filme conta a história de Jessica, garota de 14 anos que foge de casa depois de ser explorada sexualmente pelo padastro e que começa a trabalhar como prostituta. Nesse ambiente, ela conhece o berlinense Mark, vai com ele para Berlim, onde descobre a diferença cultural entre os dois, o que torna o relacionamento impossível.

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