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Há quem torça para Dakota Fanning superar a maldição "Shirley Temple". Outros preferem vê-la seguindo o caminho de atrizes precoces e brilhando quando adulta, como aconteceu com Drew Barrymore e Natalie Portman. A queridinha mirim de Hollywood é assim, divide espectadores. Alguns a chamam de "adulto em corpo de criança" e consideram tanto talento e maturidade em cena irritantes para uma criança. Ofensa? Não é nada perto das dezenas de comunidades em sites de relacionamentos e fã-clubes dedicados à atriz, a maioria criada por brasileiros.

Aos 13 anos a serem completados o próximo dia 23 de fevereiro, a estrelinha, que aprendeu a ler com dois anos, tem um currículo invejável. São 33 trabalhos nas costas, entre participações em programas de TV, como "E.R" e "C.S.I", dublagens em animações ("Lilo & Stitch 2") e vários sucessos. Platéias choraram com ela ao lado de Sean Penn, no drama "Uma lição de amor". Na época, com oito anos, foi a mais jovem atriz a ser indicada ao Screen Actors Guild Award. Depois, colocou Denzel Washington no bolso no filme "Chamas da vingança", de Tony Scott. Em seguida, cinéfilos tremeram de medo em "Guerra dos mundos", com Tom Cruise, ao verem a carinha de pânico da pequena notável.

Agora, o público se diverte com Dakota em "A menina e o porquinho", a segunda melhor estréia no Brasil este fim de semana. Estranho, porém, vai ser seus fãs digerirem bem o novo filme da atriz. Ela estréia no Festival de Sundance, que começa dia 18 de janeiro, "Hounddog", produção de baixo orçamento sobre abuso infantil. Dakota vive uma pré-adolescente, fã de Elvis Presley, que sofre repetidas violências sexuais. A imprensa já espalhou que a menina aparecerá nua e em cenas chocantes de estupro. Mas a produtora faz suspense e não divulga fotos nem trailers. Joy, mãe de Dakota, correu para defender a escolha do papel, dizendo que a jovem quer ser levada a sério como atriz a partir deste filme e pode até ganhar uma indicação ao Oscar (???).

"Hounddog" promete ser a produção mais controversa de Sundance. Resta saber se o filme conseguirá distribuição nos cinemas americanos ou se será mais um sucesso aos estilo "Pretty baby", de Louis Malle, em que Brooke Shields vivia uma virgem de 12 anos prostituída pela prória mãe.

O filme enfrentou sérios problemas com o orçamento e estima-se que Kota, como é chamada na intimidade, não tenha faturado o mesmo cachê - U$ 3 milhões - cobrados nos seus últimos trabalhos. Mas a tendência é que ela consiga contratos cada vez mais altos. Drew Barrymore, que estourou na carreira aos 7 anos em "E.T.", por exemplo, recebe hoje US$ 10 milhões por contrato. Alguma dúvida que Dakota Fanning não vai superá-la?

A criança é prodígio também fora dos sets. Ao filmar "Chamas da vingança", aprendeu a falar fluentemente espanhol. Cenas perigosas de "Guerra dos mundos", como a de um mergulho profundo no colo de Tom Cruise, não tiveram dublê. Nos intervalos de filmagens, faz tricô e presenteia "amiguinhos" como Robert De Niro e Sean Penn com cachecóis.

Quem a entrevista diz que parece estar conversando com um adulto. No programa "Ellen Degeneres Show", a apresentadora falou sério: "You're not a kid!". Mas Dakota jura viver como uma criança normal e diz que seu passatempo é brincar com a irmã, Ellen, de 8 anos. Os pais - ele jogador de baseball, ela de tênis - se mudaram para Los Angeles por causa do trabalho da mais velha, mas já arrumaram empreguinho para a mais nova. Quem quiser conferir, a clone em miniatura de Dakota está em "Babel". Ela é a filha de Brad Pitt neste filme, que estréia no Brasil dia 19.

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