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O Festival de Curitiba, em seu último fim de semana, abre espaço para o teatro-dança. E que espaço! Será apresentado nesta sexta-feira e sábado, no imenso Teatro Positivo, o espetáculo Paixão e Fúria – Callas, o Mito, espetáculo dirigido por José Possi Neto com a Studio3 Cia de Dança. de São Paulo. A montagem celebra os 90 anos da cantora lírica Maria Callas, que nasceu dia 2 de dezembro de 1923, em Nova York.

No palco, 20 bailarinos "muito experientes e maduros", segundo Possi, com passagem pelos grandes grupos de dança do país, enfrentam o desafio de trazer à cena aspectos da vida e da obra da cantora lírica mais célebre do século 20, tão espetacular como soprano quanto foi como atriz, tornando-se em vida uma lenda cuja persona pública, diz o diretor, era maior do que os personagens que viveu nos palcos, como Tosca e Norma. "Como ela, apenas [o bailarino russo] Rudolf Nureyev.

Sem a pretensão de ser um espetáculo biográfico, Paixão e Fúria – Callas, o Mito não se furta, entretanto, de evocar alguns momentos essenciais da vida da artista norte-americana, de ascendência grega. Estão lá, transfigurados sob a forma de coreografias, o afastamento do pai, que ela tanto amava, a traumática mudança com a mãe para Grécia, devido às dificuldades financeiras que enfrentavam, e a separação de Aristóteles Onassis, que foi o homem de sua vida.

Os bailarinos que integram o elenco fixo do grupo paulistano, encabeçado por Vera Lafer, terão a participação especialíssima de Marilena Ansaldi, bailarina que nos anos 50 foi solista do Teatro Municipal de São Paulo, e nos anos 60 integrou o elenco do Balé Bolshoi, onde foi solista, e também uma das pioneiras, anos mais tarde, do teatro-dança no país, também se firmando como atriz, numa grande reviravolta em sua carreira.

Depois de sua estreia no Festival de Curitiba, Paixão e Fúria – Callas, o Mito faz temporada em maio no Teatro Sérgio Cardoso, Em São Paulo, e no mês seguinte será apresentado em Milão, cidade onde Maria Callas tanto brilhou no Teatro Scala, e em Paris.

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