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O grupo de Linda Hathor: uso de elementos de outras culturas é positivo, mas com cautela | Dimas Filho/Divulgação
O grupo de Linda Hathor: uso de elementos de outras culturas é positivo, mas com cautela| Foto: Dimas Filho/Divulgação

Serviço

• Festival de Dança do Ventre

Teatro Fernanda Montenegro – Shopping Novo Batel (R. Cel. Dulcídio, 517), (41) 3224-4986. Dia 22, às 20 horas. R$ 15.

• Dança do Ventre

Bagdad Café (Av. Padre Anchieta, 262 – Mercês), (41) 3336-2421. Com a amazonense Maíse Ribeiro. Dia 6 de julho, às 22 horas. R$ 20 (couvert).

Quem faz dança do ventre não esconde o escopo sensual da modalidade, mas sua associação com a prostituição e atitudes vulgares tem deixado os divulgadores desta arte de cabelo em pé.

VÍDEO: Veja o vídeo que gerou tanta polêmica

Primeiro, por um episódio ocorrido durante o Dia do Desafio, promovido pelo Sesc, em que vários grupos de dança amadores se apresentaram num palco montado na Boca Maldita, no dia 30 de maio. Um deles levou uma coreografia ao som de "Eu Quero Tchu, Eu Quero Tcha", de João Lucas e Marcelo, o que fez surgir uma polêmica nas redes sociais. Postado no YouTube, o vídeo com o show foi "aprovado" por 3 pessoas e "rejeitado" por 66.

Logo depois, a novela Avenida Brasil levou ao ar, no dia 2 de junho, um episódio em que o personagem Cadinho (Alexandre Borges) invade a despedida de solteiro de Ruy (Lui Strassburguer) com bailarinas "árabes" que, além de ritmar abdome e quadril, se espremiam como sanduíches entre os homens. Foram seguidas de perto por duas strippers, que elevaram o tom erótico da festa.

"É uma dança sensual, mas não vulgar, ainda que o objetivo seja encantar", opina a administradora do teatro Fernando Montenegro, Maria Helena Righetto. Para divulgar o caráter cultural desta dança, o teatro promove, há 18 anos, o Festival de Dança do Ventre, com grupos amadores. Neste ano, serão seis, que se apresentam nesta sexta-feira.

Entre eles, o grupo Hathor, especialista em mesclar elementos de outras culturas à dança do ventre. Uma das coreografias, por exemplo, chama-se "Ao Estilo Celta". "Sou muito aberta a qualquer tipo de novidade, não sou tradicionalista, mas as pessoas estão perdendo o prumo de até onde podem ir", pondera a professora Linda Hathor.

Um exemplo positivo citado por ela é o trabalho da amazonense Maíse Ribeiro, que mescla elementos indígenas à dança do ventre, incluindo a valorização do contato com a natureza. A artista estará em Curitiba no dia 6 de julho.

"Uma coisa é a fusão, ter liberdade de passear por outros estilos. Outro é a vulgarização da dança", diz, em uníssono com os organizadores do festival desta semana.

Linda destaca que a cultura da dança do ventre ainda é recente no Brasil, não passando dos 30 anos, e que uma das carências da área é a regulamentação das profissionais da área.

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