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O Balé Teatro Guaíra nasceu oficialmente em 1969

• Após a realização de concurso público, foram selecionados dez candidatos, do total de 15 inscritos - a maioria proveniente do Curso de Danças Clássicas do Teatro Guaíra, já existente desde 1956.

• A companhia pertence ao Governo do Paraná e goza de importante destaque no país. Expoentes nacionais como Ana Botafogo e Rodrigo Pederneiras – coreógrafo do mineiro Grupo Corpo, já passaram pelo staff de profissionais do BTG.

• Nos seus 37 anos de história, o Balé já montou mais de cem espetáculos, e busca sempre renovar seu repertório. A companhia conta com 27 bailarinos, que trabalham seis horas por dia – divididas entre aulas para manutenção da técnica de dança e ensaios para o espetáculo que está em cartaz.

Quem ainda não conhece o "balé das águas", como foi apelidado O Segundo Sopro, tem hoje a chance de conferir o espetáculo no Guairinha.

Com coreografia de Roseli Rodrigues, O Segundo Sopro é conhecido por apresentar os artistas dançando na chuva, literalmente. Dividido em nove cenas – "Aurora", "O Segundo Sopro", "Corpus", "A Partilha", "Tetraktys", "Uno", "O Retorno", "Aurora II" e "Harmonia", a criação do espetáculo foi baseada em elementos da natureza.

"É um balé inspirado nos sentidos de elementos como vento, pedra, terra e água, e nas variações das quatro estações. Sua dança leva os bailarinos às alturas, de onde despencam para deslizar no palco em transportes completamente fora do eixo, formando seqüências de movimentos contínuos, fluídos e interligados", explica Roseli.

A música, de Fábio Cardia, foi composta especialmente para o espetáculo, garantindo uma interação ainda maior com a atmosfera em que as coreografias foram criadas.

O balé já se apresentou mais de 200 vezes desde 1999, quando foi concebido, e contabiliza turnês pelo Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e cidades do Interior do Paraná. Festivais importantes como o do Mercosul –, em Córdoba, na Argentina, e a abertura do Festival de Dança de Joinville – cidade que se torna em meados de julho, a capital brasileira da Dança – também fazem parte da bagagem acumulada por O Segundo Sopro.

"É um dos balés mais populares da companhia, o público geralmente gosta muito e sempre recebemos convites para apresentações", diz a diretora do Balé Teatro Guaíra, BTG, Carla Reinecke.

Uma das bailarinas mais antigas do BTG, Regina Kotaka – que dança na companhia desde 1986, integra o espetáculo desde a sua criação e afirma que o desafio não é pequeno. "A grande quantidade de apresentações não garante a ausência de surpresas a cada novo espetáculo. O trio de "Aurora II", o que dança na água, é composto por bailarinos mais maduros, pois exige grande concentração durante sua execução e experiência de palco suficiente para lidar com o imprevisto", diz.

Já Caixa de Cores, é mais novo na casa. Coreografado em 2005 por Luiz Fernando Bongiovanni, o balé faz uma leitura dos estudos do físico Isaac Newton, sobre a divisão da luz nas sete cores reconhecidas pelo olho humano: o branco resulta da união de todas as cores, assim como o preto é o fruto da ausência delas.

Segundo Bongiovanni, que atua profissionalmente em companhias oficiais, mantidas pela administração pública – como o Balé do Teatro Castro Alves, de Salvador, e o Balé da Cidade de São Paulo – a idéia de trabalhar com a percepção das cores é antiga. "A cor em si não existe, é uma percepção particular de cada um e é com base nessas impressões que compus o trabalho".

A idéia da particularidade do ser humano é explorada também no processo de criação, que teve como base a técnica de improvisação – quando, resumidamente, os bailarinos criam seus próprios movimentos.

As cores são apresentadas gradualmente, em solos, duetos e conjuntos, alternadas entre frias e quentes, de forma a dar ritmo ao espetáculo. O balé se inicia e termina com o branco: "No começo, a cor branco entra em cena num solo. A coreografia final é um conjunto com todas as cores, e caso os bailarinos se movessem rápido o suficiente, o público poderia ver o branco como resultado da mistura", brinca o coreógrafo.

Composições de música eletrônica, de Mano Bap e Ricardo Iazzeta, mescladas a concertos de Vivaldi, dão colorido à trilha sonora: "Ao misturar vertentes da música tão diferentes, busco sinalizar os momentos de transição, quando uma cor se mistura a outra". Em seu primeiro trabalho com o BTG, Bongiovanni afirma ter deixado aberta a possibilidade de novas parcerias com a companhia. "Os bailarinos responderam mais do que à altura ao processo coreográfico", frisa.

Serviço: O Segundo Sopro e Caixa de Cores. Auditório Salvador Ferrante – Guairinha, (R. XV de Novembro, s/n.º), (41) 3304-7982 . Hoje, às 20h30, e domingo, às 18 horas. Ingressos a R$ 10 e R$ 5 (estudantes, idosos, professores e Cartão Teatro Guaíra). Quem ainda não conhece o "balé das águas", como foi apelidado O Segundo Sopro, tem hoje a chance de conferir o espetáculo no Guairinha.

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