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Antonio Márquez é considerado o melhor bailarino de flamenco da atualidade | Divulgação/Verinha Walflor
Antonio Márquez é considerado o melhor bailarino de flamenco da atualidade| Foto: Divulgação/Verinha Walflor

Quando esteve em Curitiba, em agosto do ano passado, apresentando pela primeira vez o repértório de seu 11.º álbum de estúdio, Dante XXI, Andreas Kisser, guitarrista do quarteto Sepultura, não se mostrava muito confiante em relação ao futuro da banda.

Naquela época, o baterista Iggor Cavalera acabava de deixar a formação, assim como fez seu irmão, o vocalista e guitarrista Max, em 1996. Porém, assim como a vaga de Max foi preenchida com competência pelo norte-americano Derrick Green, o posto de baterista de uma das bandas mais barulhentas da face da terra foi assumido em pé de igualdade pelo mineiro Jean Dolabella, dando ao quarteto composto ainda pelo veterano baixista Paulo Jr. um novo gás, que resultou na consagração do mais recente álbum na Europa – mais especificamente em Chipre, ilha ao sul da Turquia, onde Dante XXI recebeu um disco de ouro, o primeiro desde o lançamento de Roots (1996).

Portanto, é com ânimos renovados que Derrick, Andreas, Paulo e Jean voltam à capital paranaense para apresentar, pela segunda vez na cidade, o repertório do disco inspirado no poema épico italiano A Divina Comédia, que a narra a jornada fictícia de seu autor, Dante Alighieri, pelos reinos do Inferno, Purgatório e Paraíso. "A partir do momento que comecei a ler fiquei impressionado com a riqueza de detalhes e de citações, achei que seria o livro perfeito para inspirar o disco. É algo que impõe limites, mas que, ao mesmo tempo, te deixa muito mais criativo", conta Andreas, em entrevista concedida ao Caderno G no ano passado.

A recriação da viagem de Dante, que foi adaptada pela banda aos tempos atuais – o disco foi inspirado na obra italiana por inteiro, desde as letras, a escolha dos instrumentos e a arte presente no encarte do CD – vem sendo tão bem recebida na Europa que o grupo segue para o velho continente para uma série de shows, que vão do final de junho ao final de agosto. Ou seja, para os fãs curitibanos da banda, a noite de amanhã pode representar uma despedida, desta vez, no entanto, com mais perspectivas de volta e continuidade.

Serviço: Show com a banda Sepultura. Abertura com Land of Souls e Imperious Malevolence. Hellooch (R. Des. Westphalen, 4.000). Amanhã, às 22h30. Ingressos a R$ 50 e R$ 25 (estudantes e doadores de um quilo de alimento não-perecível). Mais informações pelo telefone (41) 3013-3374.

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