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Lembro de meus primeiros passos nos paralelepípedos de nossas ruas em pleno carnaval de 1954. Tinha sete anos. Dois anos antes, tinha sido folião dos bailes infantis do Coritiba. Meus passinhos pareciam chamar atenção. O guri exibido, mas sem mimo, ganhou a permissão para ser mascote do Bloco Carnavalesco Não Agite, fundado em 1949. O bloco era conhecido como dos "coringas" até virar baralho, em 1955. Minha mãe, Nair Veiga Mazza, aproveitou a fantasia do ano anterior e adaptou para mim. O desfile saía da frente da Estação Ferroviária, subia a Barão do Rio Branco, pegava a XV de Novembro até a Praça Osório e voltava. Em boa parte do trajeto, ia na "cacunda" de meus irmãos. Esse trecho dá hoje duas Marquês de Sapucaí. Daí para frente foi tudo inesquecível. O bloco virou Escola de Samba, fui três vezes Presidente e Mestre Sala. Carnavais que passaram e outros também virão para nunca esquecer.

Carlos Fernando Mazza, jornalista

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