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Fãs adoram o "estilo" Amy Lee | Divulgação/Seven Shows
Fãs adoram o "estilo" Amy Lee| Foto: Divulgação/Seven Shows

Algo a mais

• Para crianças – Além dos audiolivros para adultos, a editora Nossa Cultura tem a Coleção de Audiolivros Infantis de Rubem Alves (foto), dividida em três CDs e que visa estimular a imaginação e a prática de leitura entre jovens leitores e crianças em fase de alfabetização.

• Online – O Projeto Gutenberg (www.gutenberg.org) coloca a disposição para donwloads mais de 17 mil livros digitalizados, em idiomas que vão do inglês ao esperanto. Em português estão disponíveis clássicos como Amor de Perdição, de Camilo Castelo Branco, e Os Lusíadas, de Camões.

O mundo das letras não foi mais o mesmo desde que Gutenberg inventou a imprensa – e lá vão cinco séculos. Desde então, houve muita mudança no conteúdo, mas pouca na forma. Salvo a sofisticação das cores e qualidade na impressão, os livros disponíveis hoje nas livrarias não diferem muito daqueles impressos por Gutenberg, no começo da Idade Moderna. No entanto, nas últimas décadas, um novo formato vem ganhando espaço na Europa, Estados Unidos e também no Brasil: o audiolivro.

Com tiragens e quantidade de títulos ainda modestas no país – menos de 200, segundo registros da Biblioteca Nacional – o audiolivro aos poucos conquista espaço dentro das livrarias e na preferência dos leitores. Entre seu principal público, os deficientes visuais, que encontram no formato uma forma de se aproximar da literatura mundial. Mas não são somente eles.

Na Alemanha, país que sedia o maior evento editorial do mundo, a Feira de Frankfurt, os audiolivros se tornaram febre entre os leitores. Na edição de 2006, o formato foi responsável por 5% dos lançamentos da feira. Parece pouco, mas não é. Representa algo próximo dos 19 mil títulos. O gosto dos alemães pelo formato sonoro se reflete na programação de rádio, que dedica programas exclusivos à leitura. Nos EUA – cujo mercado de audiolivros movimenta mais de US$ 870 milhões –, best sellers como Harry Potter são lançados simultaneamente em duas versões, impressa e sonora.

"O audiolivro se adapta ao estilo de vida contemporâneo", explica Fabrizio Souza, assessor da editora Nossa Cultura, com sede em Curitiba e pioneira na venda de audiolivros no varejo. Enquanto normalmente seria inviável ler um livro no formato padrão – aquele retangular – durante um engarrafamento, o audiolivro permite essa possibilidade, assim como "ler" ao praticar esportes. "O audiolivro não pretende substituir o livro padrão, e sim acrescentar novas possibilidades de leitura", afirma Souza.

No catálogo da Nossa Cultura, livros de Rubem Alves – que se interessou pelo formato depois do e-mail de uma professora deficiente visual –, Celso Antunes, Clube da Comédia e do psiquiatra Jairo Bouer, que lançou a coleção Sexualidade em Pauta, com dois títulos dirigidos ao público adolescente – um para garotas e outro para garotos –, estruturados em formato de perguntas e respostas.

A Internet e a popularização dos tocadores de Mp3 contribuiu para a construção de novos nichos de mercado para os audiolivros. O projeto Gutenberg, filiado à enciclopédia virtual Wikipedia, contém o maior acervo de livros digitalizados grátis, embora a imensa maioria em inglês. É possivel também encontrar à venda livros digitalizados em websites como a Amazon (www.amazon.com) e Mobipocket (www.mobipocket.com). Que tal viajar ao som de Crime e Castigo?

Projetos

As Faculdades Integradas do Brasil – Unibrasil, desenvolve o projeto Paisagens de Ouvir, criado e organizado pelo curso de jornalismo. Atualmente está em fase de seleção de dez participantes – entre os cem inscritos da Escola de Comunicação da instituição – que farão a leitura de obras da literatura contemporânea brasileira e clássicos do jornalismo literário. Os textos serão transformados em audiolivros e distribuídos pelas bibliotecas públicas de todo o país. Um projeto semelhante está sendo desenvolvido também pela PUCPR, os Livros Sonoros.

Deficientes visuais podem procurar a Biblioteca Pública do Paraná, que conta com aproximadamente 2.900 livros gravados, entre fitas cassetes e digitalizados, fora o acervo em braille. A biblioteca abre espaço para voluntários que estejam interessados em gravar livros para aumentar o acervo. O catálogo pode ser consultado pela internet.

Serviço: Editora Nossa Cultura. (41) 3244-0242. www.nossacultura.com.br. Seção Braille Biblioteca Pública do Paraná. (Rua Cândido Lopes, 133). (41) 3221-4984. www.pr.gov.br/br.

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