Não é nepotismo. O Guaíra não é um teatro de saltimbancos, mas repete a tradição de reunir gerações. Normalmente, o funcionário mais antigo incentiva um parente a fazer o concurso público.
Quando tinha 17 anos, Marcelo Esposito foi com a mãe ao Teatro Guaíra para conhecer o pai, o ator e técnico Miguel Esposito. O casal divorciou-se quando Marcelo era bebê e nunca mais se viu. Logo no primeiro encontro, Esposito (hoje um dos funcionários mais antigos da instituição) recomendou ao filho que se inscrevesse no concurso para novos estatutários. O garoto foi aprovado e passou a viajar com o pai, ajudando a montar as apresentações da Orquestra Sinfônica do Paraná pelo Estado.
Hoje, com 36 anos, Marcelo é contra-regra. Este ano, chegou a cursar um mês de Ciências Aeronáuticas, mas teve de optar por uma das profissões. Venceu a genética. (AV)
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