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Hoje, às 19 horas, no Espaço Cultural BRDE, Cláudia Guimarães irá quebrar um jejum de dez anos. A artista paranaense irá inaugurar a mostra Pinturas, retomando a atividade da qual afastou-se na década passada. Desde 1995, quando realizou sua última mostra individual de pinturas na Galeria Solar do Rosário, Guimarães esteve envolvida com cinema, atuando com operadora de câmera e diretora de fotografia.

"Nunca me afastei de artes visuais. As pessoas perguntam como foi fazer essa mudança, da pintura para o cinema, mas, para mim, é tudo a mesma coisa. Eu apenas me utilizei de outras ferramentas. Eu opero a câmera, que também é uma tela em branco", explica Guimarães. Recentemente, realizou em parceria com o cineasta Emerson Schmidlin os curtas A Felicidade e Conivência, Não Sei Se Foi Bem Assim. Este ano esteve atrás das câmeras no curta Outubro, de Murilo Hauser, e no documentário Hibakusha, de Maurício Kinoshita.

Trajetória

Formada em 1987 pela Escola de Belas Artes do Paraná, Cláudia Guimarães iniciou a carreira nas artes visuais, conquistando prêmios dentro e fora do estado. Entre as ações mais conhecidas estão a montagem de ateliês de arte no Hospital Psiquátrico Nossa Senhora da Luz e na extinta Prisão Provisória do Ahú, em Curitiba. O interesse pelo cinema surgiu quando Cláudia decidiu registrar a mostra trabalho de parto, montada no Memorial de Curitiba em 1997. Tratava-se de uma exposição de grande porte em que um bailarino interagia com as obras ligadas ao teto por cabos de aço. Com uma ajuda dos cineastas Werner e Willy Schumann, realizou um filme a partir da mostra, trabalhando no roteiro, direção geral e direção de fotografia. Logo, formou-se em direção de fotografia pela Escola Internacional de Cinema e Televisão de Cuba.

180 pinturas

A mostra que inaugura hoje conta com 180 pinturas realizadas nos últimos dois anos. A novidade, conta Guimarães, está no uso da cor. "Os meus trabalhos anteriores exploravam o preto-e-branco. O vermelho e o amarelo apareceram agora. Também há uma brincadeira com o movimento nas obras, que deve ser uma influência do cinema", conta. A ilusão é formada pela união de pontos brancos em telas pretas e amarelas, ladeadas por quadros de outras cores e que se alternam em cada ambiente. Por isso, destaca a artista, as pinturas funcionam apenas se vistas em conjunto. "Eles precisam estar inseridos no contexto da exposição. Isolados, perdem o sentido", afirma. A curadoria da mostra é da artista plástica Regina Guimarães, mãe de Cláudia, e poderá ser visitada gratuitamente até o final de setembro.

Serviço: Mostra Pinturas de Cláudia Guimarães. Espaço Cultural BRDE – Palacete dos Leões (Av. João Gaulberto, 570), (41) 3219 – 8184. De segunda a sexta-feira das 12h30 às 18h30. Até 29 de setembro. Entrada franca. Informações: www.brde.com.br.

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