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Pretensão? Sexteto carioca faz cover de Caymmi e Radiohead. Primeiro disco autoral é instigante | Divulgação
Pretensão? Sexteto carioca faz cover de Caymmi e Radiohead. Primeiro disco autoral é instigante| Foto: Divulgação

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Baleia e Simonami

Teatro do Paiol (Pça. Guido Viaro, s/n.º). Dia 29 às 20h30. R$ 30 e R$ 15 (meia-entrada).

História curiosa, a da Baleia. O sexteto, quando ainda contava com Luiza Jobim, a filha do Tom, começou fazendo standards de jazz. Foi apontada como uma das promessas da nova cena musical – mas quem não foi? – e indicada ao Prêmio Multishow 2012 na categoria Experimente. Deu de fazer covers de Justin Timberlake ("Whats Goes Around... Comes Around") e, num dia inspirado, colocou lado a lado Dorival Caymmi e Radiohead ("Noite de Temporal"/ "Little by Little"). Ano passado, saiu-se com Quebra Azul, um disco tão instigante quanto maduro, só com músicas próprias. Hoje à noite, a banda se apresenta pela primeira vez "fora do eixo". E logo com um show no Teatro do Paiol, espaço que parece ganhar contornos ainda mais míticos fora de Curitiba. "Sempre ouvimos falar do Paiol. Temos muita vontade de tocar lá", diz o vocalista Gabriel Vaz.

A Baleia é um ponto fora da curva na chamada Nova MPB. Não se parece em nada com o fofo pop em que a geração pós-Los Hermanos se transformou, por exemplo. E passa longe da MPB "cabeça" que multiplica raízes em São Paulo – Passo Torto é o grande nome. Eles, que já se definiram como "pós-mimimi" são, ao seu modo, mais imprevisíveis. Conseguem unir sofisticação, regionalismos e pequenas estranhezas na mesma música – algumas duram 10 minutos. "Temos uma vontade de não cristalizar as coisas. O que tentamos fazer é ter linguagem, e não estilo", diz Vaz. "O mais legal é quando um dia alguém falar ‘isso aí com certeza é o som da Baleia’", afirma o músico, para quem a proposta é uma "pretensão necessária no cenário nacional".

Mas calma lá. É uma pretensão calculada. Cairê Rego (baixo), David Rosenblit (piano e teclado), Felipe Ventura (guitarra e violino), João Pessanha (bateria) e Sofia Vaz (voz) – apesar dos malabarismos instrumentais que suscitaram comparações com bandas de pós-rock –, não esquecem um certo apelo pop. "Estamos nessa, de fazer música sem ter preconceito contra nós mesmos", reflete o vocalista. Quem abre o show dos cariocas são os curitibanos da banda Simonami, que em 2013 lançou o disco Então Morramos.

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