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A sensual diva pop libanesa Haifa Wehbe não parece uma partidária típica do líder do Hezbollah, o clérigo xiita conservador Sayyed Hassan Nasrallah.

Mas a cantora de 30 anos de idade e olhos verdes, que é possivelmente o mais conhecido símbolo sexual do mundo árabe, só tem elogios a fazer à atuação de Nasrallah na guerra de julho e agosto deste ano entre seus guerrilheiros e Israel.

"Este é um país que tem pessoas que o defendem.... e, por isso, Nasrallah exerce um papel importante ... na defesa da honra e da fronteira do Líbano", disse ela à Reuters em entrevista concedida antes de um concerto na cidade turística litorânea de Jounieh, no fim de semana.

Grupos de defesa dos direitos humanos criticaram as duas partes na guerra por alvejar civis durante o conflito, no qual morreram cerca de 1.200 pessoas no Líbano, em sua maioria civis, além de 157 israelenses.

"Não existe guerra que não tenha uma razão para começar. Quem a inicia é o agressor, e acho que não fomos nós que a iniciamos", disse Haifa, falando do conflito que irrompeu depois de o Hezbollah ter capturado dois soldados israelenses numa incursão em território de Israel em 12 de julho.

A guerra fez de Nasrallah um herói em todo o mundo árabe, mas, mesmo assim, é surpreendente ouvir Haifa tecer elogios a um clérigo que provavelmente desaprova artistas como ela. O canal de televisão do Hezbollah não mostra cantoras.

Mas Haifa é xiita natural do sul do Líbano e teve um irmão que morreu combatendo Israel na década de 1980.

A fama da ex-modelo está ligada a seu "sex appeal" e aos boatos escandalosos que fizeram dela uma das favoritas dos tablóides árabes. Ela chegou a participar de um reality show de celebridades na TV.

Haifa ganhou fama na televisão alguns anos atrás e conquistou popularidade em todo o mundo árabe com vídeos musicais nos quais veste figurinos sensuais vistos como escandalosos pelos conservadores religiosos.

Para fazer seu concerto em Jounieh, a cantora desceu de sua Mercedes preta e percorreu o caminho até o camarim num conjunto de lycra azul marinho colado ao corpo e sapatos de salto agulha, saudando os jornalistas e técnicos dos bastidores do teatro com um sensual "Bonsoir."

O Líbano, do qual já saíram vários nomes míticos da música popular árabe, também já gerou muitas cantoras pop que são menos conservadoras que suas colegas em outras partes do Oriente Médio.

Leia mais: Reuters/O Globo Online

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