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37º Fenata

Veja a programação completo do festival no Guia Gazeta do Povo

O 37.º Festival Nacional de Teatro (Fenata), de Ponta Grossa, estreou na noite de quinta-feira e segue até dia 12. Até lá, serão encenados cerca de 70 espetáculos em vários pontos da cidade, com espaço para espetáculos adultos, infantis, de bonecos, de rua e de arena. A principal mostra competitiva do festival mais antigo do país ocorre todas as noites, às 20 horas, mesclando diferentes tipos de linguagem.

Diversidade a exemplo da peça de abertura, La Careta que Cae, de Federico Garcia Lorca. No palco, sonoridade musical com batuques em bancos de madeira, atores que se revezam com bonecos e um telão de sombras conduzem o show. Em busca de profissionalização, o Fenata se mostra mais versátil, viável financeiramente e um abrigo para companhias em busca de experimentos. Mesmo o público ponta-grossense se mostra mais atuante e não sai em disparada logo após o encerramento. Cerca de 600 espectadores estavam presentes e 50 ficaram para o debate com os atores.

"Hoje estamos presenciando uma repercussão muito boa, que reflete a ovação bastante forte do público. Já tivemos também comprometimento de futuros patrocínios logo na abertura", comemora o organizador do festival, Cláudio Jorge Guimarães.

A expectativa de público para todo o Fenata é de 15 mil pessoas. A peça mais disputada deverá ser a de encerramento, a cargo do grupo curitibano Antropofocus e seus Contos Proibidos – aconselha-se compra antecipada de ingressos, no Teatro Ópera, a partir das 14 horas. "Estou muito curioso para o encerramento. Mas o comportamento do público é imprevisível durante os outros espetáculos", afirma Gui­­marães, ressaltando que em algumas noites é maior o número de companhias de teatro na plateia.

Debates

Após os espetáculos, companhia teatral, julgadores e o público interessado se reúnem no Auditório B, subsolo do Ópera. O debate é tradição nos 37 anos do Fenata e estreita os laços entre espectadores e atores. No grupo fluminense Milongas, mãos nos queixos e olhares atentos às críticas. Sobram apontamentos desfavoráveis a La Careta que Cae: baixo tom dos vocais, excesso de músicas e referências culturais, que prejudicam as cenas. E sobram elogios: ousadia, ótima execução instrumental, entrosamento no palco, evolução dos atores na montagem – que já tem três anos. Mesmo assim, há unanimidade entre os 12 integrantes da equipe: "debates como este são fantásticos", resume Camile dos Anjos, que faz o pai de Sinhá Rosita e a vende para o tenebroso Dom Cristovinho da Cachamorra – o qual simboliza o franquismo denunciado pelo autor Federico Garcia Lorca.

Serviço

37º Festival Nacional de Teatro (Fenata). As entradas custam R$ 5, sendo meia para estudantes e professores. Informações pelo telefone (42) 3222-9652 ou no site www.uepg.br/fenata

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