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Abel Braga faz várias mudanças no Internacional | Albari Rosa / Gazeta do Povo
Abel Braga faz várias mudanças no Internacional| Foto: Albari Rosa / Gazeta do Povo

Guarnieri é homenageado no MON

A pianista russa Olga Kiun homenageia o centenário de nascimento do compositor Camargo Guarnieri também nesta terça-feira, em um concerto que acontece às 19 horas, no Museu Oscar Niemeyer (MON).

Além da peça "10 Ponteios", do compositor brasileiro, Olga interpreta a "Fantasiestücke Op. 12", de Robert Shumann; a "Sonata Op. 22" de Nicolai Medtner; e "2 Poemas Op. 32 e 3 Estudos Op. 8", de Alexander Scribian.

A apresentação faz parte da série Terça com Arte, numa parceria da Escola de Música e Belas Artes do Paraná (EMBAP), onde a pianista leciona, com o MON.

Coral e Orquestra da UFPR

Nesta terça (28) e quarta-feira (29), às 20 horas, integrantes do Coral da UFPR apresentam o recital "Narcisismo". Na sexta-feira (31) é a vez da Orquestra da universidade apresentar um Concerto de Câmara.

No recital do início da semana será feito por três integrantes do Coral, que apresentam, sob o tema do "Narcisismo", obras de Brahms, Schubert e Schumann. A direção é do maestro Álvaro Nadolny.

Já o Concerto de Música de Câmara do dia 31, será realizado por todo conjunto da Orquestra Filarmônica da UFPR e alguns músicos convidados. Obras de Beethoven, Haydn, Mazas, Pleyel, Guerra Peixe e Alberto Arantes serão executadas por diferentes formações como um trio de flautas, um duo de violinos, um duo de viola e violoncello e instrumentistas solo. A coordenação e direção são de Denise Mohr e Harry Crowl.

As apresentações acontecem no TEUNI, espaço mais intimista da UFPR, que permite a aproximação do público com os artistas.

PROGRAMA

• Britten – Symple Symphony Op.4.

• Bach – Concerto para Piano e Orquestra em Ré Menor BWV 1052, com o solista Álvaro Siviero.

• Brahms – Liebesleider Walzer.

• Mussorgsky – Quadros de Uma Exposição.

A mais célebre das iniciativas de transposição das artes visuais para a música data de 1874, quando o compositor russo Modest Mussorgsky (1839-1881), inspirado por dez pinturas de Viktor Hartmann que viu em uma galeria de São Petersburgo, criou ao piano a suíte Quadros de uma Exposição.

A execução dessa suíte será uma das atrações do concerto que a orquestra de câmara I Musici de Montreal realiza amanhã, às 20h30, no Teatro HSBC. Na mesma noite, o grupo canadense, regido pelo violoncelista Yuli Turovsky, mostra a amplitude de estilos presentes em seu repertório, interpretando o barroco de Johann Sebastian Bach (1685-1750), o romantismo de Johannes Brahms (1833 – 1897) e o modernismo de Benjamin Britten (1913-1976).

Quadros de uma Exposição ilustra um passeio pela mostra de arte. Diante de cada tela, Mussorgsky compôs uma música. A união das partes se dá por um tema inicial e quatro intermezzi.

Durante a apresentação dos 15 músicos canadenses, as imagens dos quadros que originaram a obra de Modest Mussorgsky serão projetadas para o público. O compositor formava com Anton Rubinstein, Mily Balakirev, Aleksander Borodin e Nikolai Rimsky-Korsakov o grupo conhecido como "Os Cinco Grandes", que pretendia renovar a música russa afastando-a da escola alemã e da ópera italiana.

Do repertório de Bach, a escolha pairou sobre uma de suas obras mais famosas criadas para cravo e posteriormente transcritas para o piano, o Concerto para Piano e Orquestra em Ré Menor BWV 1052. Para a execução da obra do compositor alemão, que só alcançou o reconhecimento como compositor depois de morto, a orquestra conta com a participação-solo de Álvaro Siviero.

"Este é o concerto mais difícil de Bach", diz o pianista. "É uma sucessão de temas mélodicos se desencadeando um sobre os outros, sem respiro. O pianista está o tempo todo com cascas de banana à sua frente, sem um segundo de descanso para os dedos", diz.

No programa do concerto, o outro alemão que aparece responde pelo terceiro "B" da grande tríade da música erudita, ao lado de Bach e Bethoveen (homenageado em junho, por seu centenário de morte, com um tributo no Teatro HSBC). Trata-se de Brahms, opositor de Wagner na disputa entre o classicismo, defendido pelo primeiro, e o modernismo, preferido pelo segundo. A orquestra interpreta as Liebeslieder Walzer, valsas que recordam os grandes salões de bailes austríacos, de Viena e Salzburg.

Schummann

A morte de Robert Schummann, ex-professor e amigo de Brahms, teve grande influência nas composições. "Quando Schummann faleceu, pelo respeito e admiração que tinha por esse compositor, Brahms entra em um período de nostalgia, explicada pela perda de uma pessoa que lhe era tão cara. Essas valsas datam desse período", lembra Siviero.

Em um salto temporal para o século 20, o I Musici interpreta a Symple Symphony Op.4, composta pelo britânico Benjamin Britten. De estilo modernista, influenciado pelo neoclassicismo, a obra é uma sinfonia bastante curta, que mal se estende por 15 minutos. O tamanho reduzido, porém, não a impede de explorar os vários recursos da orquestra de câmara. "É uma obra muito divertida, porque faz brincadeiras como os movimentos", descreve Siviero. O segundo movimento, por exemplo, é todo em pizzicato (técnica de tocar os instrumentos de corda pinçando-as com os dedos).

Britten também é conhecido pelas óperas que compõe, baseado em temas da literatura inglesa, como Sonhos de Uma Noite de Verão, adaptada do clássico de Shakespeare, ou Peter Grimes, inspirada no poema "The Borough", do escritor Geroge Crabble.

Depois do concerto do I Musici de Montreal, estão previstos para este ano mais duas apresentações de música erudita no Teatro HSBC. A próxima será o Recital de Piano de Eduardo Monteiro, agendado para o dia 9 de outubro. O carioca, professor da Escola de Comunicação e Artes (ECA) da USP, vem à cidade com brasileiros e estrangeiros no repertório. Entre os compositores nacionais, o pianista pretende interpretar obras de Heitor Villa-Lobos (1887-1959), Francisco Mignone (1897-1986) e Lorenzo Fernandez (1897-1948). O alemão Beethoven (1770-1827) e o húngaro Franz Liszt (1811-1886) também estarão no programa.

A temporada do Ciclo HSBC termina em 22 de outubro, com outro concerto internacional. A orquestra Filarmônica de Câmara Alemã de Neuss (Deutsch Kammerademie) se apresenta sob a regência do maestro Lavard Skou Larsen, encerrando a programação iniciada em março também com a presença de Larsen, então à frente do Salzburg Chamber Solists.

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Serviço: I Musici de Montreal e Álvaro Siviero. Amanhã (28), às 20h30. Teatro HSBC (R. Luiz Xavier, 11), (41) 3232-7177. Ingressos a R$ 30 e R$ 15 (clientes do HSBC e estudantes).

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