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Lennon: renascido em Nova York | Divulgação
Lennon: renascido em Nova York| Foto: Divulgação

Lennon NYC, novo documentário de Michael Epstein, teve sua premiere mundial semana passada, numa sessão lotada para a imprensa no Festival de Nova York, com a presença do diretor norte-americano. O filme narra, a partir de 1971, o período em que o ex-Beatle vi­­veu em Nova York e reafirma que, ao chegar à cidade, se sentiu renascido. Finalmente – acompanhado da mulher, Yoko Ono – John iria viver no país que tinha povoado sua imaginação artística e numa cidade que tinha a perfeita mistura de música, cultura e política.

Usando material de arquivo e, por meio de entrevistas com pessoas muito próximas a ele, o diretor criou um retrato comovente e revelador dos anos lendários de Lennon em Nova York.

Como é do seu estilo, Epstein detalhou não apenas os triunfos do ex-Beatle, mas também alguns tempos difíceis, dos quais o artista se recuperou nos anos finais de sua vida, interrompida tragicamente ao ser assassinado por um fã obsessivo.

Na coletiva após a projeção, Epstein conversou com os jornalistas sobre o filme e a escolha do recorte nova-iorquino para re­­tra­­tar o artista.

Por que a opção de narrar a trajetória de Lennon a partir de sua vinda para Nova York?

Nova York deu a Lennon o foco que ele buscava. Eu quis contar a história de um dos mais famosos e influentes artistas do século 20, não a adoração pública que ele buscava quando jovem, mas a redenção que encontrou quando veio morar aqui, nos prazeres simples de ser pai, na liberdade de viver uma vida normal, ir ao cinema, a um restaurante, pegar um táxi, de estar em um lugar onde ele podia ser livre.

Houve a intenção de enfocar também a questão da imigração?

Sim, Lennon veio para Nova York buscando o que qualquer outro imigrante busca ao sair do seu país e teve de conviver com muitos problemas. O caso dele é também uma grande história sobre esse assunto muito atual. Eu mesmo mudei de Chicago para Nova York, porque achei que aqui poderia realizar as coisas que queria fazer. Como foi a entrevista com Yoko Ono, do ponto de vista da emoção, do sentimento?

Fizemos a entrevista com Yoko em dois momentos. Na primeira vez, eu me emocionei muito e ela também, sobretudo lembrando os tempos de Londres, quando foi demonizada. Para mim, um dos grandes legados de Lennon foi o feminismo e eu acho que Yoko te­­ve um papel muito importante nisso. Ela também foi fundamental para que eu mostrasse um Lennon que ainda não tinha sido visto antes, muito mais a figura humana do que o lendário Beatle.

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