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Soava como tarefa quase impossível adaptar para o palco o livro Dois Irmãos, de Milton Hatoum (foto). Lançado em 2000, premiado com o Jabuti, considerado por críticos o melhor romance brasileiro dos últimos 15 anos, o livro tem trama que gira em torno do conflito entre os gêmeos Omar e Yaqub, descendentes de libaneses que vivem em Manaus, uma história narrada sob o ponto de vista de Nael, filho da empregada, que suspeita ser filho de um dos gêmeos. O resultado pode ser conferido no Centro Cultural Banco do Brasil, em São Paulo, no espetáculo dirigido por Roberto Lage.

O elenco consegue dar vida aos personagens com a intensidade exigida e conduz o espectador pela conturbada trajetória da família formada pelo patriarca Halim, interpretado por Luiz Damasceno, sua mulher Zana, vivida por Imara Reis, e seus filhos, os gêmeos Omar (Jiddú Pinheiro) e Yaqub (Gabriel Pinheiro), e Rânia (Tatiana Thomé). Viviane Pasmanter é Domingas, a índia empregada da casa. E Rodrigo Ramos, seu filho Nael, o narrador, o que desconhece suas origens, o brasileiro pobre, nem índio nem imigrante, em busca de seu lugar numa nação em movimento. Sacudida, perto do desfecho da história, pelo golpe militar de 1964.

Serviço

Dois Irmãos. Centro Cultural Banco do Brasil (R. Álvares Penteado, 112, Centro, São Paulo), (011) 3113-3651. Quinta-feira a sábado, 19h30; domingo, 18 horas. R$ 15. Até 5 de outubro

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