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Com Aparecida – O Milagre, cinema nacional se volta para o catolicismo | Divulgação
Com Aparecida – O Milagre, cinema nacional se volta para o catolicismo| Foto: Divulgação

Custou, mas parece que o cinema brasileiro percebeu que religião é, entre outras coisas, um negócio rentável. Depois de dois filmes produzidos pelo padre Marcelo Rossi – Maria, a Mãe do Filho de Deus (2003) e Irmãos de Fé (2004) – e da leva de produções espíritas – Nosso Lar e Chico Xavier entre elas – chega aos cinemas de todo o país Aparecida – O Milagre (confira trailer, fotos e horários das sessões), dirigido por Tizuka Yamasaki, a mesma de Xuxa em O Mistério de Feiurinha.

O filme não é exatamente sobre a Padroeira do Brasil – embora a história da descoberta da Nossa Senhora Aparecida seja contada três vezes, uma delas com direito a figurino de época. O longa é a história da perda e do posterior reencontro da fé do protagonista, Marcos (Murilo Rosa).

Ele nasceu na cidade de Aparecida do Norte (SP) e brigou com a santa ainda criança, quando seu pai (Rodrigo Veronese) morreu ao cair de um andaime. Marcos cresce um empresário frio, que se distancia da família, separa-se da mulher e vive em conflito com o filho.

A única pessoa mais próxima é sua secretária Beatriz (Maria Fernanda Cândido), que tem uma paixão platônica por ele. O enredo, como deixa clara a primeira ce­­na, envolve um acidente de moto e o desespero de Marcos pela vida do filho, que está em coma.

É uma história um tanto banal, que já foi contada inúmeras vezes de várias formas no cinema e na televisão. Isso não seria um grande problema, não fosse a displicência de todo o projeto.

O que há de melhor no filme, no entanto, é a própria Basílica de Aparecida, com sua construção imponente e suas romarias sem fim.

O filme, porém, prefere se concentrar no drama pessoal do protagonista, buscando lágrimas fáceis do público – afinal, quem não se emociona com um pai clamando pela vida de um filho?

Ao final, letreiros informam que cerca de 9 milhões de pessoas visitam o santuário todos os anos.

Se metade dessas pessoas forem ao cinema ver Aparecida – O Milagre, o filme já estará entre as maiores bilheterias nacionais desta virada de ano. Resta saber se o catolicismo, no cinema, terá tanto apelo quanto o espiritismo.

» Confira a programação completa dos cinemas

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