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"Senhoras e senhores, por favor, recebam o laureado poeta do rock-and-roll, a voz da promessa da contracultura dos anos 60, o cara que forçou o folk a transar com o rock (...), Bob Dylan!"

Como se precisasse lembrar à audiência o tamanho da lenda que ela vai testemunhar em ação, o show de Dylan começa há quase dez anos sempre com essa mesma introdução – foi assim no domingo à noite, no Rio, como em sua passagem anterior pelo Brasil, em 2008.

Não é algo supérfluo: para boa parte da plateia a expectativa por um show de Bob Dylan vem desse reconhecimento da importância do astro. É o fator "eu estava lá". E esse é, no entanto, o caminho mais fácil para se decepcionar com um show de Bob Dylan. Porque ele não canta nem toca como em seus discos clássicos, não faz um show de "greatest hits", não se dirige ao público – e, no caso do show no Rio, nem se dignou a fazer um bis. Essa experiência pode ser frustrante, especialmente para quem pagou os ingressos mais caros da atual turnê, a partir de R$ 500; não por acaso, o Citibank Hall estava com pouco mais de meia lotação.

Mostrando-se bem mais animado (a seu modo econômico, é claro) do que em sua passagem anterior, Dylan equilibrou o repertório do show: foram sete canções dos anos 60 e seis dos anos 2000, entre as 16 apresentadas em 1h40.

Clássicos como "It Ain’t Me, Babe", "Highway 61 Revisited" e "Like a Rolling Stone" foram pontos altos de um show que merece ser visto. A turnê de Dylan chega hoje a Brasília e depois segue para Belo Horizonte (dia 19), São Paulo (21 e 22) e Porto Alegre (24).

Serviço: Bob Dylan - Os ingressos para os shows da turnê estão à venda no site www.ticketsforfun.com.br.

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