Em busca dos ídolos

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Ana Maria mora em São Paulo. Chegou neste domingo a Curitiba e segue para Porto Alegre amanhã pela manhã. A peregrinação tem nome: Oasis. A agente de viagem é uma daquelas fãs que se desdobra por seus ídolos. Vai acompanhar três dos quatro shows que a banda britânica faz no Brasil. E só não viu os Gallagher no Rio de Janeiro, na última quinta-feira, porque não conseguiu tirar uma semana inteira de folga.

A perseguição tem história. A jovem paulista já viu as apresentações da banda em 2001, no Rock in Rio, e em 2006, em São Paulo, a última dos britânicos por aqui. E sofreu por uma "boa causa". "No Rio ficamos quatro dias sem dormir, na porta do hotel . Mas valeu a pena. O baterista [na época Alan White] ficou na calçada conversando com a gente", relembra. "Todas as vezes que os encontrei eles foram superssimpáticos. Mas uma coisa de que eles não gostam é de gritaria. Se for só uma conversa tranquila, não tem problema nenhum", diz a paulista.

O ego inflado dos Gallagher foi ponto decisivo no início da adoração do grupo. Ana gosta muito de Beatles e ficou entre a curiosidade e a surpresa quando viu uma entrevista com o Oasis. "Quando eles falaram que era melhores que Beatles, eu parei e pensei: preciso conhecer isso", conta.

Na bagagem da sua própria turnê, uma camisa da seleção brasileira de futebol com o nome de Noel [Gallagher] nas costas. Entre mimos, passagens e ingressos, Ana Maria vai gastar cerca de R$ 2 mil. "Se vale a pena? Isso não tem dúvida."

O arquiteto paulistano Anderson Pereira, 30 anos, vai conhecer Curitiba pela primeira vez hoje devido ao show dos britânicos. É colecionador não só de discos do Oasis, mas de vinis raros.

"Conheço gente que vai a um show só e se dá por satisfeito. Mas para mim não é assim, não", explica Pereira, que nessa turnê acompanhou o show de ontem, em São Paulo e irá reencontrar os Gallagher hoje, no Expotrade.

O fã leu na internet sobre os shows no Peru e no Chile. Conta que "o negócio está muito bom", mas reclama do preço dos ingressos para os shows no Brasil. Mais pela força do hábito. "Estão caros. Mas se estivessem mais caros ainda, viria também", diz Pereira, que ontem foi até a porta do hotel em que a banda se hospedou em São Paulo em busca de (mais) um autógrafo.

Tudo pronto

Das 9 horas da manhã de quarta-feira passada até sexta à tarde, 40 profissionais trabalharam de 10 a 12 horas por dia para deixar tudo de acordo com as exigências da banda. O palco tem uma estrutura gigantesca, que pesa em torno de 50 toneladas. "Isso é normal. Porque, para grandes shows, há uma demanda enorme de equipamentos de luz, de vídeo e de som", explica Mário Santos, gerente de produção da Time 4 Fun, produtora do show no Brasil.

Segundo Mário, a estrutura encontrada no Expotrade, em Pinhais, é adequada. E, de acordo com os produtores do evento, ainda há ingressos disponíveis. Está tudo pronto para receber os rapazes de Manchester.

Serviço

Cachorro Grande e Oasis. Expotrade Convention Center (Rod. Dep. João Leopoldo Jacomel, 10454 – Centro- Pinhais - PR; Telefone: (41) 3661-4000. Dia 10 de maio, às 19h30. Ingressos: pista a R$ 160, pista VIP a R$ 400. Meia-entrada válida para estudantes, idosos e doadores de sangue com carteira comprobatória. Onde comprar: site www.ticketmaster.com.br; na loja Fnac do ParkShopping Barigüi (R. Pedro Viriato Parigot de Souza, 600, lj. 101), (41) 2141-2000; e no guichê oficial no Shopping Novo Batel (R. Cel. Dulcídio, 517), (41) 3224-4986, aberto diariamente das 12 às 20 horas.