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Laurent Cantet está de volta ao Brasil. No domingo, o diretor de Entre os Muros da Escola chegou ao Rio. Reviu amigos, passeou. À noite, conversou pelo telefone com a reportagem. Hoje, ele chega a São Paulo, onde seu filme terá pré-estreia amanhã, devendo entrar em cartaz na sexta, dia 13. "Entre os Muros da Escola", que aborda a realidade social em escola pública francesa, recebeu a Palma de Ouro em Cannes, no ano passado. Foi o indicado da França para concorrer ao Oscar de melhor filme estrangeiro.

Cantet não se abalou pela derrota no Oscar e do César, o Oscar do cinema francês. "Os votantes do César devem ter avaliado que não valia mais a pena investir num filme que já fora lançado nos cinemas com sucesso. Era melhor imprimir a marca do César a outro filme que pudesse se beneficiar disso."

Quanto ao Oscar, ele admite sua surpresa - "Estava certo de que Bashir levaria o prêmio." O documentário do israelense Ari Folman, Valsa com Bashir, perdeu para o japonês Departures, de Yojiro Takita.

O Brasil o atrai, particularmente. "Não vou dizer que me sinto à vontade no Rio, mas a cidade tem uma energia e ao mesmo tempo expõe desigualdades tão fortes, a favela e o mundo dos ricos, que me estimula a pensar, a criar. Acho que poderia fazer um filme disso aqui." Na verdade, Cantet já fez Em Direção ao Sul, com Charlotte Rampling, um drama sobre as relações Norte/Sul, sobre o turismo sexual.

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