Embaixadores da Alegria e Mocidade Azul levantaram o público na avenida

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As escolas de samba Leões da Mocidade e Embaixadores da Alegria foram as que mais empolgaram o público que acompanhou os desfiles do carnaval curitibano, na noite deste sábado (9) e na madrugada deste domingo (10) na Avenida Cândido de Abreu. Cerca de 5 mil pessoas assistiram ao desfile. A noite teve ainda os desfiles das escolas Unidos do Bairro Alto, Internautas, Leões da Mocidade e Acadêmicos da Realeza.

Veja fotos do desfile em Curitiba

Candidata ao título de 2013 e uma das campeãs do ano passado, a Acadêmicos da Realeza apresentou um desfile rico em ornamentações e a primeira passista sem fantasia do carnaval curitibano de 2013. A escola homenageou São Jorge e contou com instrumentos de percussão africanos - cujo sons eram ressaltados durante as paradinhas da bateria.

Foram necessárias mais de seis horas para que o público presente na Avenida Cândido de Abreu, no Centro Civivo de Curitiba, visse a primeira passista sem fantasia. Mas ela apareceu justamente na última escola a desfilar. Bruna Marques, destaque do carro que trazia os dragões alusivos à São Jorge, desfilou com um micro tapa sexo e o corpo pintado.

Apesar da chuva, a escola fez um desfile candidato ao título e manteve animado até o fim o público que prestigiou o carnaval de Curitiba. Assim como no ano passado, Acadêmicos da Realeza e Mocidade Azul saem da avenida ocmo favoritas ao título. Em 2012, as escolas dividiram o primeiro lugar ao alcancarem 163 pontos cada uma.

Mocidade Azul

Uma das campeãs do ano passado, a Mocidade Azul foi a penúltima escola a desfilar na Avenida Cândido de Abreu, no Centro Civico de Curitiba. Com direito a paradinha de bateria e ala de bailarinas, a escola levou ao público um samba-enredo metalinguístico, no qual falou sobre o processo de produção do carnaval e da própria comunidade carnavalesca.

Antes mesmo de iniciar o desfile, a Mocidade Azul já contava com a apoio popular. Com faixas e bandeiras alusivas à escola, o público cantou junto o samba-enredo e vibrou com cada paradinha da bateria da agremiação.

Além da ala das bailarinas, cuja coreografia remetia ao balé clássico, outro setor da escola que chamou a atenção. Empunhando placas com a inscrição "Cadê a verba?", a ala fazia alusão ao atraso no repasse dos R$ 40 mil destinados pela Fundação Cultural de Curitiba às agremiações curitibanas. Das seis escolas, três receberam a verba com 19 dias de antecedência e outras três não haviam recebido atantecedência e outras três não haviam recebido até dois dias antes da festa.

A historiadora aposentada Helena Hmerterio, 59, desfilava na ala crítica e se mostrou o que a escola espera para os próximos anos. "Esperamos que a próxima gestão antecipe [a verba], porque neste ano foi difícil", afirmou enquanto sambava.

Nem só de crítica, porém, ficou o carnaval da Mocidade Azul. A beleza também esteve presente e Mirella Chinasso, 29, chamava a atenção pelo perfil pouco comum à festa do Rei Momo. Com um vestido verde, comportado e provocador, ela resumiu o sentimento do desfile. "Amo carnaval, por isso saio na Mocidade [Azul]", disse a mulher, que ajudava a ditar os passos da musa da bateria durante o desfile.

Leões da Mocidade

A Leões da Mocidade abriu o quarto desfile do Carnaval de Curitiba pouco depois da meia-noite deste domingo (10), com um samba-enredo homenageado a poetisa Helena Kolody, autora de "Paisagem Interior" e a primeira mulher brasileira a publicar, em 1941, um livro haicai (forma de poesia japonesa).

A escola, uma das três que não havia recebido até anteontem a verba de R$ 40 mil repassada pela Fundação Cultural de Curitiba, desfilou com cerca de 400 integrantes e apresentou dois carros alegóricos.

Apesar da falta da verba, a escola mostrou boas coerografias e alas sintonizadas com o samba-enredo, que acabou não empolgando o público presente nas arquibancadas da Avenida Cândido de Abreu.

A próxima escola a desfilar será a Mocidade Azul, que entregou pequenas bandeiras ao público - sinal de que terá apoio no desfile.

Embaixadores da Alegria

A Embaixadores da Alegria foi a primeira escola a levantar o público presente nas arquibancadas da Avenida Cândido de Abreu, em Curitiba, na noite deste sábado (9).

Com o tema "Hoje tem palhaçada? Tem sim senhor... A Embaixadores é Só Alegria", o samba enredo de Ernani Rodrigues está sendo cantado pelo público, principalmente nos trechos carregados de críticas sociais, como: "No Brasil das palhaçadas/Ratos e migalhas... imagens manchadas/dinheiro na cueca e na meia/celular na prisão... corrupção!/Máfia do apito/Vamos satirizar a marmelada.

Além do tema, que parece ter agradado o público presente, a escola vem com carros alegóricos robustos, fantasias de palhaços e outras que remetem à alegria. Uma bateria de fogos anunciou a presença dos integrantes da escola, o que também colaborou para o clima favorável na avenida.

Internautas

A escola de samba os Internautas desfilou com uma homenagem à cidade de origem da escola: Pinhais. A escola da região metropolitana levou à Cândido de Abreu dois carros alegóricos e cerca de 200 integrantes divididos em dez alas e bateria. Antes delas, a Unidos do Bairro Alto havia iniciado o desfile falando da natureza.

Unidos do Bairro Alto

Antes, a Unidos do Bairro Alto cantou sobre o meio ambiente. O trecho mais cantado foi "O homem quando faz a sua parte, o samba na avenida faz a arte. Ecologia é carnaval, é Bairro Alto levantando seu astral".

Ainda desfilarão Embaixadores da Alegria, Leões da Mocidade, Mocidade Azul e Acadêmicos da Realeza.

No ano passado, Mocidade Azul e Acadêmicos da Realeza dividiram o título do carnaval curitibano com 163 pontos cada uma. Neste ano, as duas escolas voltam como favoritas em um tira-teima na busca pelo primeiro lugar.

Primeira-dama desfila e beija prefeito na avenida

Antes dos desfiles das escolas de samba, a primeira dama Marcia Fruet se fantasiou e pulou carnaval com o bloco Rancho das Flores, que abriu o festa do Rei Momo de 2013 na Avenida Cãndido de Abreu, em Curitiba.

Marcia vestia uma fantasia branca, com adereço na cabeça e pulou carnaval durante 40 minutos. Durante o desfile, porém, ela teve um intervalo para beijar o prefeito Gustavo Fruet, que prestigia o evento no centro cívico da capital.

Apesar da gestão atual ter sido isentada de culpa, a Prefeitura de Curitiba foi pivô de críticas dos líderes das escolas de samba curitibanas por conta do atraso no repasse das verbas (cada escola recebe R$ 40 mil).

Três delas receberam apenas 19 dias antes do evento e outras três ainda não receberam.

Público

Sem a chuva que atingiu Curitiba durante quase todo o sábado, o público marca prsença nas arquibancadas montadas na Avenida Cândido de Abreu, onde ocorre os desfiles das escolas de samba da capital paranaense.

De acordo com a Companhia Independente, unidade da Polícia Militar fixada no Centro Cívico, o público presente ultrapassa a casa dosdos cinco mil.

O sambista da estação-tubo

Na madrugada deste domingo (10), com absoluta certeza, nenhum coletivo pegará passageiros na estação tubo da Avenida Cândido de Abreu, no Centro Cívico. Isso por que a via é palco dos desfiles carnavalescos da cidade. O cobrador do local, porém, está lá. Bateu cartão, como de praxe, mas ao invés de cobrar, pula carnaval.

"Não fui dispensando. Entre 18h45 e saio a meia-noite, mas hoje é só festa", afirma Luis Henrique, 19, cobrador que, antes de ser transferido, que não imaginava tal benéfice carnavalesca. "Trabalhava em uma estação tubo do bairro Juveve e fui transferido recentemente", explica o cobrador.

A estação tubo da Cândido de Abreu divide as arquibancadas do sambódromo oficial da cidade. Por conta disso, apesar de não ter de cobrar passageiros, Henrique vê como importante sua presença no local. "Precisa ter uma pessoa aqui, para preservar a estação".

A presença do jovem realmente evitava a presença de foliões mais expansivos, mas não deixou de virar camarote especial nesta noite de carnaval. "Tenho três convidados aqui. São VIPs que trabalham na empresa e gostam de vir assistir ao desfile com comodidade", sorri o jovem cobrador, que vive uma noite de folião.

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