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A sétima edição do "Big brother Brasil" termina nesta terça-feira (3), e os últimos dois participantes -Diego e Carollini- deixam a casa para reencontrar a família e conhecer seus milhares de fãs país afora. Enquanto isso, os candidatos eliminados precocemente já saboreiam a fama e as várias propostas de trabalho. Mas até o "BBB8", quem ainda será lembrado?

O G1 conversou com empresários de artistas para sabel qual é a melhor forma de seguir uma carreira artística quando se sai de um "Big brother Brasil". A resposta foi uma só: talento. "Ter talento é essencial. Não basta só participar do 'BBB' e achar que o programa é uma plataforma de carreira. Para algumas pessoas é o começo. Para outras é a linha de chegada", diz Antônio Amâncio, empresário de estrelas como Fernanda Lima.

"Na verdade, o que eles [os participantes] devem saber é que alguns podem seguir carreira artística e outros não. A grande maioria não tem essa veia, esse talento", completa Andréa Luz, que empresaria a carreira de Marina Person, Daniel Boaventura e Ricardo Tozzi, entre outros.

Muitos dos participantes do "BBB" sonham em conquistar fama e seguir a carreira de ator depois de participar do "reality show". Mas, apesar da fama que conquistam no programa, a minoria consegue emplacar. Entre as que deram certo, estão Sabrina Sato, que foi incorporada à trupe do "Pânico", e Grazi Massafera, que virou a queridinha do público em sua recente participação na novela "Páginas da vida".

"A Grazi se destacou, mas eu acho que ela se destacaria de qualquer forma, porque ela reúne um conjunto de qualidades que permitiu que a Márcia [Marbá, empresária da atriz] fizesse um bom trabalho", afirma Amâncio.

De acordo com os entrevistados pelo G1, o sucesso não tem relação direta com um esquema de trabalho que seja montado depois do "BBB". Contratar uma assessoria de imprensa ou uma agência que empresaria artistas, por exemplo, não é sinônimo de ser bem sucedido. "Até porque esses escritórios nem pegam qualquer pessoa. Precisa reunir uma série de requisitos, como aconteceu com a Grazi. Aí sim a coisa rola", diz Andréa.

Para a empresária, quando a pessoa tem condições de seguir na carreira artística, ela já percebe o retorno do mercado assim que sai da casa. "As pessoas estão seguindo aquele programa há três meses. Elas já sabem quem fica bem no vídeo, quem tem empatia com o público, quem tem veia artística. Já dá para saber se tem como desenvolver", afirma. "Essas pessoas são procuradas quando o jogo termina. Precisa sentir o feed back."

Posar nu(a) ou não posar é outra questão delicada. Para Andréa, tudo depende da avaliação do "brother". "Se a pessoa achar possível ter uma carreira sólida, é melhor adiar. Até porque isso não agrega artisticamente à carreira de ninguém. O melhor, primeiro, é tentar se estabelecer e se desvincular da imagem de ex-'BBB'."

Entre os participantes desta edição, Andréa acha que apenas Flávia tem chances de se dar bem. "É difícil apostar em alguém, porque não acompanhei o programa todo. Mas talvez a Flávia tenha chances [de seguir com uma carreira]. O que a gente detecta logo de cara é o carisma. Isso ficava claro na Grazi, que é totalmente diferente do que percebemos na Siri [Íris], por exemplo."

Futuro

Além da carreira artística, outro mistério ronda o futuro do vencedor do "Big brother Brasil": o que fazer com a bolada de R$ 1 milhão? Onde investir? Em que gastar? Quem ajudar?

O G1 pediu conselhos ao economista Luis Carlos Ewald, colunista do site, sobre a melhor forma de investir a bolada. A primeira decisão, segundo ele, é relacionada às pessoas que receberão parte da grana. "Vai aparecer um monte de gente pedindo dinheiro. Pode-se separar 10% do valor ganho para atender a esses pedidos de família e amigos."

Do valor restante, o ideal, segundo o economista, é "não colocar todos os ovos na mesma cesta", ou seja, distribuir o dinheiro em investimentos variados. Ele aconselha que 25% do dinheiro seja gasto em imóveis (ou em um imóvel, aí depende do que o participante tem em vista).

Outros 25% devem ser aplicados em um investimento de curto prazo, como a poupança, por exemplo. Esse tipo de aplicação, apesar de render pouco, permite que o dinheiro seja retirado a qualquer momento. Outros 25%, ao contrário, devem ser colocados num investimento de longo prazo, que pode ser títulos do Tesouro. Esses títulos podem render, mensalmente, de duas a três vezes mais que a poupança. "Se for fazer o investimento em corretoras, é bom pesquisar. Muitas chegam a cobrar até 4% do cliente, o que é um roubo. Há bancos que cobram 0,5%", explica o economista.

A última parte da bolada pode ser colocada em ações. "O melhor é comprar ações de empresas que tenham bons dividendos. Assim, há chances de ganhar dinheiro na valoriação da ação e também nos dividendos." Neste quesito, é indicado também procurar a ajuda de um banco ou de uma corretora.

Por último, Ewald aconselha: "Não se meta a abrir um negócio que você não conhece, porque geralmente não dá certo e você pode quebrar. Se decidir abrir alguma coisa, o ideal é escolher a área em que já atuava antes do programa".

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