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Hoje à noite, quem quiser assistir a um espetáculo de dança poderá escolher entre a tradição e a pesquisa experimental. O palco do Guairinha vai vibrar com o sapateado e o som das castanholas de sete bailarinas de dança flamenca. Elas apresentam a montagem Flamenco – Tradição e Arte, criação da Companhia Carmem Romero Dança Flamenca. Outro destaque da programação é a montagem Spin, que o grupo de dança da Faculdade de Artes do Paraná – FAP apresenta no Teatro José Maria Santos.

Carmem Romero, diretora do espetáculo de dança espanhola, conta que o principal objetivo é mostrar ao público um pouco da cultura da Andaluzia, considerada o "berço do flamenco". Para isso, as coreografias expressam os diversos ritmos (e humores) do povo espanhol. Os trágicos soleá e seguiriya narram a tristeza do povo cigano, marginalizado pela sociedade espanhola. O tango flamenco é sensual como o argentino, mas bem mais alegre. Há também as bulerias, os fandangos e o palo seco. O movimentos das bailarinas é acompanhado pela performance dos cantores Andrea Gutiérrez e Rodriggo Vivasz e do violonista Juan Thomas Alvarez.

Uma tela do tamanho da boca-de-cena projeta imagens que vão transportar o espectador para cidades da Andaluzia como Granada e Sevilha. Por trás das imagens, os dançarinos atuam como se estivessem dentro destes cenários. Outros símbolos da cultura hispânica serão lembrados como a arquitetura, a gastronomia, as festas religiosas e artistas como o pintor Pablo Picasso e o cineasta Carlos Saura, entre outros.

Dança em espiral

Os movimentos espiralados são a base do espetáculo contemporâneo Spin. O próprio título da montagem dá a idéia do gestual: "spin" é a expressão que denomina a forma como as partículas do átomo gravitam em torno de um campo magnético.

O Grupo de Dança da FAP centra suas pesquisas de criação em torno do corpo e de seus movimentos. Por isso, a diretora Rosemeri Rocha escolheu o sistema nervoso, "que troca informações com o ambiente", como ponto de partida para que os dez intérpretes-criadores (como são chamados os bailarinos que participam do processo de criação) desenvolvessem sua própria coreografia. O "cenário sonoro" do espetáculo foi improvisado por Ângelo Esmanhotto e Mario Carta, que uniram instrumentos indianos e recursos eletrônicos para criar "música contemporânea", como conceitua Rocha.

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