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Quem nunca ouviu falar da famosa ópera do compositor alemão Richard Wagner deve desconhecer o fato de que a caudalosa história de amor entre os jovens Tristão e Isolda é uma espécie de predecessora de Romeu e Julieta, clássico texto teatral de William Shakespeare. A mais recente versão para o cinema dessa verdadeira epopéia romântica medieval já chegou às locadoras brasileiras, para a felicidade geral dos fãs de filmes históricos com generosas doses de violência e paixão.

O épico, dirigido por Kevin Reynolds (de Robin Hood – O Príncipe dos Ladrões e Waterworld), é baseado na antiga lenda sobre a paixão proibida entre a princesa irlandesa Isolda (Sophia Myles) e o cavaleiro andante Tristão (James Franco, de Homem-Aranha 1 e 2) em tempos nos quais várias tribos britânicas – anglos, saxões, celtas, jutes e pictos – brigavam com unhas e dentes pelo domínio do território da Irlanda.

Tristão, jovem cujos pais são assassinados barbaramente, é adotado por seu tio, lorde Marke (Rufus Sewell), e vira seu maior guerreiro. Dado como morto em uma batalha sangrenta, Tristão é encontrado pela bela Isolda, filha do rei. Ela cuida do rapaz e os dois se apaixonam, mas ela esconde do rapaz sua origem nobre.

Algum tempo transcorre até que Tristão, já recuperado de seus ferimentos, e Isolda se reencontrem. A ocasião não pode ser mais constrangedora e dramática: uma competição entre guerreiros de tribos rivais, cujo prêmio principal é a mão da princesa em casamento. E é claro que Tristão é um dos homens que vão disputar Isolda (e seu dote real) até a morte. Afinal de contas, não é a cobiça e a ambição que o movem, mas a paixão por sua salvadora.

Levando-se em conta o currículo de Reynolds, também diretor da mais recente e bem-sucedida adaptação de O Conde de Monte Cristo (romance de Alexandre Dumas, autor de Os Três Mosqueteiros), Tristão e Isolda é um bom filme. O diretor mostra inegável desenvoltura nas cenas de batalha e ação, mas, ao mesmo tempo, se mostra capaz de transpor para a tela uma lenda célebre sem se render ao mero espetáculo, dando lhe até alguma profundidade dramática. Trata-se de um longa-metragem correto, que tem a chancela dos Ridley (O Gladiador e Blade Runner – Caçador de Andróides) e Tony (Ases Indomáveis e Fome de Viver) Scott. GGG

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