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Música

Escolas de samba de Curitiba lutam contra dificuldades

Mesmo com problemas financeiros, os grupos contam com o entusiasmo de seus integrantes para preparar o Carnaval 2014

Casal de mestre-sala e porta-bandeira evolui no ensaio da Acadêmicos da Realeza | Hugo Harada/Gazeta do Povo
Casal de mestre-sala e porta-bandeira evolui no ensaio da Acadêmicos da Realeza (Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo)
Carnavalesco Marins:

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Carnavalesco Marins:

Bateria nota 10 da Realeza |

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Bateria nota 10 da Realeza

Faltam cerca de quatro meses para a abertura do carnaval e as escolas de samba de Curitiba já enfrentam a batalha de todos os anos para colocar seus enredos na avenida, mesmo com muitas dificuldades financeiras, e ainda superar a desconfiança da sociedade local, que ainda não conhece a festa de perto.

Enquanto esperam a liberação do dinheiro do edital da Fundação Cultural de Curitiba (FCC), as agremiações se viram como podem e intensificam a temporada de ensaios abertos, festas e eventos para mobilizar os integrantes e arrecadar recursos para confeccionar as alegorias e adereços.

No ano passado, as agremiações conseguiram que a verba pública para o grupo especial aumentasse de R$ 26,5 mil para R$ 40 mil para cada escola do primeiro grupo (leia mais ao lado).

"Foi uma pequena melhora no apoio da prefeitura, apesar de ainda ser insuficiente para colocar na rua 450 componentes e quatro carros alegóricos", explica o carnavalesco Márcio Marins, da atual bicampeã Acadêmicos da Realeza.

Ele conta que a escola completa seu orçamento com "doações, o lucro de eventos na quadra da escola e vendas de fantasias". Mesmo assim, Marins se diz entusiasmado com o crescimento que a festa tem alcançado em Curitiba. "Nos últimos três ou quatro anos temos dialogado melhor com a cidade. Nosso desfile é, dentro das devidas proporções, maravilhoso e criativo e tem lotado o Centro Cívico", analisa.

A impressão é compartilhada pelo carnavalesco Amil Junior, da Embaixadores da Alegria. "Nos últimos anos tenho sentido uma vontade maior das pessoas de participar. O carnaval sempre esteve latente no curitibano. Se depender de quem gosta de ver e de quem gosta de fazer, o carnaval de Curitiba é muito bom", diz.

Para Amil, o grande problema é que o poder público ainda não definiu a festa momesca como uma das prioridades culturais da sua agenda. "Falta boa vontade para tentar fazer com que as coisas melhorem. Existem muitos grandes espaços ociosos na cidade que poderiam ser transformados em barracões com a infraestrutura mínima para a produção das alegorias", exemplifica.

Rivais

As duas escolas são as principais rivais nas disputas de títulos do carnaval local. Em 2014, a Realeza busca o tricampeonato com o enredo "O Mundo Vem Dançar no Compasso da Realeza". "Vamos dar uma volta ao mundo, passando pelos cinco continentes e desembarcar em Curitiba para falar da mistura étnica que compõe a nossa cultura. Vai dar uma liga muito bacana na avenida", acredita Marins.

Já a Embaixadores escolheu um tema voltado para as artes visuais: "Sob o Nosso Olhar e Inspiração a Embaixadores Dá o Tom da Folia". Amil Junior disse que a escola vai tentar fazer um desfile mais "técnico" para acabar com a hegemonia da rival.

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