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Casal de mestre-sala e porta-bandeira evolui no ensaio da Acadêmicos da Realeza | Hugo Harada/Gazeta do Povo
Casal de mestre-sala e porta-bandeira evolui no ensaio da Acadêmicos da Realeza| Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo

Desfiles podem voltar para o centro da cidade

No ano passado, as agremiações haviam conseguido que a verba para o grupo especial fosse aumentada de R$ 26,5 mil para R$ 40 mil para cada escola. Além disso, haviam solicitado à Fundação Cultural de Curitiba (FCC) que antecipasse a liberação. Assim, poderiam comprar materiais no período do ano em que o preço é mais baixo. O edital de chamamento público foi lançado em setembro.

A FCC está planejando uma reformulação do carnaval de rua de Curitiba para os próximos anos, que incluiria até a mudança do local dos desfiles. O projeto, ainda não confirmado pela instituição, é levar a festa novamente à Avenida Marechal Deodoro, espaço que recebeu os desfiles até 1996. Desde então, o carnaval tem ocorrido na Avenida Cândido de Abreu, no Centro Cívico.

"Estamos preparando uma série de mudanças para tornar o carnaval de Curitiba ainda melhor. Queremos que a festa de 2014 seja histórica e que as seguintes sejam ainda maiores", disse o superintendente da FCC, Igor Cordeiro.

A fundação vai divulgar no próxima sexta-feira o resultado do edital de financiamento do evento. O valor reservado é R$ 262,9 mil.

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  • Carnavalesco Marins:
  • Bateria nota 10 da Realeza

Faltam cerca de quatro meses para a abertura do carnaval e as escolas de samba de Curitiba já enfrentam a batalha de todos os anos para colocar seus enredos na avenida, mesmo com muitas dificuldades financeiras, e ainda superar a desconfiança da sociedade local, que ainda não conhece a festa de perto.

Enquanto esperam a liberação do dinheiro do edital da Fundação Cultural de Curitiba (FCC), as agremiações se viram como podem e intensificam a temporada de ensaios abertos, festas e eventos para mobilizar os integrantes e arrecadar recursos para confeccionar as alegorias e adereços.

No ano passado, as agremiações conseguiram que a verba pública para o grupo especial aumentasse de R$ 26,5 mil para R$ 40 mil para cada escola do primeiro grupo (leia mais ao lado).

"Foi uma pequena melhora no apoio da prefeitura, apesar de ainda ser insuficiente para colocar na rua 450 componentes e quatro carros alegóricos", explica o carnavalesco Márcio Marins, da atual bicampeã Acadêmicos da Realeza.

Ele conta que a escola completa seu orçamento com "doações, o lucro de eventos na quadra da escola e vendas de fantasias". Mesmo assim, Marins se diz entusiasmado com o crescimento que a festa tem alcançado em Curitiba. "Nos últimos três ou quatro anos temos dialogado melhor com a cidade. Nosso desfile é, dentro das devidas proporções, maravilhoso e criativo e tem lotado o Centro Cívico", analisa.

A impressão é compartilhada pelo carnavalesco Amil Junior, da Embaixadores da Alegria. "Nos últimos anos tenho sentido uma vontade maior das pessoas de participar. O carnaval sempre esteve latente no curitibano. Se depender de quem gosta de ver e de quem gosta de fazer, o carnaval de Curitiba é muito bom", diz.

Para Amil, o grande problema é que o poder público ainda não definiu a festa momesca como uma das prioridades culturais da sua agenda. "Falta boa vontade para tentar fazer com que as coisas melhorem. Existem muitos grandes espaços ociosos na cidade que poderiam ser transformados em barracões com a infraestrutura mínima para a produção das alegorias", exemplifica.

Rivais

As duas escolas são as principais rivais nas disputas de títulos do carnaval local. Em 2014, a Realeza busca o tricampeonato com o enredo "O Mundo Vem Dançar no Compasso da Realeza". "Vamos dar uma volta ao mundo, passando pelos cinco continentes e desembarcar em Curitiba para falar da mistura étnica que compõe a nossa cultura. Vai dar uma liga muito bacana na avenida", acredita Marins.

Já a Embaixadores escolheu um tema voltado para as artes visuais: "Sob o Nosso Olhar e Inspiração a Embaixadores Dá o Tom da Folia". Amil Junior disse que a escola vai tentar fazer um desfile mais "técnico" para acabar com a hegemonia da rival.

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