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Leviathan foi o filme escolhido pela associação que reúne críticos brasileiros | Divulgação
Leviathan foi o filme escolhido pela associação que reúne críticos brasileiros| Foto: Divulgação

Após sua segunda edição, encerrada ontem, o festival Olhar de Cinema pode se considerar bem-sucedido em todas as frentes – incluindo a da credibilidade da classe, conquistada com ações como o convite para que realizadores viessem a Curitiba participar da exibição de seus filmes.

"Avançamos bastante com relação ao ano passado e tem espaço para avançar mais", avisa um dos organizadores, Antonio Junior.

Durante os nove dias de festival, o público somou 13 mil pessoas e 104 filmes exibidos – no ano passado, foram 73 filmes e 11 mil participantes.

"Trouxemos filmes bem menos conhecidos do que no ano passado e, mesmo assim, as pessoas responderam bem."

Devido à ampliação do cardápio de filmes e ao espalhamento maior das atrações, a organização foi maior e em poucos casos ficou gente de fora – o que aconteceu na exibição de Asas do Desejo, de Wim Wenders, em Esse Amor Que Nos Consome, prêmio de público desta edição, e Tomorrow.

Prêmios

As principais premiações concedidas na noite de ontem estão sintonizadas com a retomada da conscientização política que varre o mundo nos últimos anos.

74 – The Reconstitution of a Struggle, principal prêmio do júri para longas-metragens em competição, apresenta os protestos estudantis ocorridos na Universidade Americana de Beirute, no Líbano, em 1974. O júri em questão era formado por dois brasileiros e uma argentina.

A escolha do público, Esse Amor Que Nos Consome, tem uma perspectiva mais intimista, mas sua escolha também pode ser entendida como uma bandeira, já que aborda a luta de um casal homossexual na casa dos 50 anos para manter sua companhia de dança e viver da arte.

A Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) chancelou a opinião de festivais internacionais onde o documentário Leviathan foi nomeado ou premiado – o mergulho na indústria pesqueira, contada em tomadas inusitadas e sem narrativa definida, causou espanto pela crueza.

Outro sentimento provocado na plateia foi a emoção de ver, pela primeira vez no cinema, clássicos como Aguirre e Asas do Desejo, com salas lotadas e cópias de alta qualidade.

Em várias das exibições, a presença dos diretores permitiu a realização de bate-papos de alto nível – e a gravação de entrevistas, que serão veiculadas aos poucos no canal do Olhar de Cinema no YouTube.

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