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 | Henry Milleo/Gazeta do Povo
| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

O Festival de Curitiba afirma desde seu início a vocação de vitrine nacional, mas neste ano não traz estreias de grande porte. Para o diretor Leandro Knop-fholz, foi-se o tempo em que uma estreia era rara e chamariz de público, conforme afirma em entrevista à Gazeta do Povo:

A grade deste ano tem repercussão nacional?

Tentamos trazer trabalhos menos vistos para que ganhem a projeção merecida. Aconteceu ano passado com BR Trans. Mas a estreia em Curitiba deixou de ser um chamariz. De uns dez anos para cá, as peças são subsidiadas, já estão pagas antes de estrear, não dependem mais de bilheteria. Diretores que estreavam um espetáculo por ano, hoje estreiam quatro.

Qual sua orientação aos curadores (Celso Curi, Tânia Brandão, Lúcia Camargo)?

O que peço é que não haja envolvimento pessoal: não chamar amigo, panela, e que façam com que as peças da grade conversem entre si.

Como foi a escolha de Dias de Luta, Dias de Glória, musical sobre o Chorão?

Vai bombar? É provável, mas é um risco. Muita gente que irá ao Teatro Positivo talvez nunca tenha pisado lá e nem visto um musical.

Você acredita que nesses 24 anos de festival houve formação de público em Curitiba?

Não tenho dúvida. As cortesias que distribuíamos a patrocinadores antes tinham uma conversão efetiva em ingresso de apenas 30%. Desde 2011, os parceiros começaram até a pedir mais ingressos.

Nosso festival é o que mais atrai olheiros da televisão?

Imagino que sim. Os protagonistas da atual novela das oito na Globo são Alexandre Nero, Marjorie Estiano e Adriana Birolli, todos daqui, todos vieram do teatro. O festival é responsável por isso? Não, mas não tenho dúvida de que contribuiu com essa cena tanto da formação de profissionais como de público.

O festival perdeu o patrocínio do banco Itaú, mas foi mantido pela Petrobras, foco da crise atual no país...

Temos um contato de muitos anos na Petrobras, e neste ano, apesar de muita gente ter sido cortada ou ter tido o patrocínio reduzido, o nosso foi mantido. Mas não chegamos a isso através do Paulo Roberto Costa (risos).

O que acha da possível nomeação de João Luiz Fiani para a direção do Guaíra?

Acho válido. O Fiani seria mais voltado ao mercado, enquanto a Monica Rischbieter [atual diretora] olha para o conceito. Depende das diretrizes. São dois profissionais competentes.

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