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Ao som dos primeiros acordes de guitarra, Amy Lee rodopia no centro do palco enfumaçado. A imagem é como um sonho se tornando realidade para muitos adolescentes que esperavam com ansiedade ver ao vivo o Evanescence no Brasil. A banda norte-americana liderada pela cantora e pianista fez a estréia de sua turnê nacional em Porto Alegre na noite de terça (17) sem deixar nenhum fã desapontado. Pelo contrário: as cerca de sete mil pessoas que foram conferir o primeiro show do grupo no Gigantinho tiveram motivos de sobra para sair do ginásio satisfeitas.

"Sweet sacrifice", do disco "The open door", de 2006, foi escolhida para abrir a apresentação, pouco depois das 22h. Vestida toda de preto, com saia de tule bufante e a vasta cabeleira presa em um rabo de cavalo, Amy Lee pediu que as pessoas que estavam na pista dessem dois passos para trás. "Há gente sendo esmagada aqui", alegou, com a simpatia de uma fada dark. "Vocês estão se divertindo? Hoje é um dia muito especial, estamos muito felizes de tocar no Brasil."

A letra de "Going under", sucesso do álbum "Fallen", de 2003, foi cantada com fervor pela platéia, onde se viam adultos mais velhos acompanhando gente bem mais jovem. Amy vai ate a beirada do palco e o público vibra a cada movimento da cantora – para quem já se sentiu rejeitada por ser a gordinha nerd nos tempos do colégio, nada como dar a volta por cima.

Dois balcões posicionados de frente para a platéia, no meio dos músicos, disparavam luzes coloridas, quebrando a escuridão do figurino e de todo o cenário. "Muito obrigada", diz a artista, em bom português. "Vocês são demais!" Termina o primeiro ato, e o jogo já esta praticamente ganho.

Amy ressurge sozinha, sentada ao piano de cauda. Segue a quase-balada "Lithium". Não chega a nevar como no videoclipe, mas a atmosfera romântica da composição convida a acender os isqueiros e erguer celulares, assim como em "Good enough", outra faixa em esquema piano e voz, ressaltando a beleza do timbre da cantora.

O peso das guitarras e da bateria retorna em outras faixas famosas do Evanescence entre o público brasileiro, como "Call me when you're sober", "Bring me to life" e "Weight of the world".

Os outros músicos da banda – os guitarristas John LeCompt e Terry Balsamo, o baixista Tim McCord e o baterista Rocky Gray – se limitam a fazer o que é preciso para que a vocalista e compositora reine soberana, e nem sequer são apresentados. Tudo bem. Ao final de uma hora e 20 de show, era o nome de Amy Lee que os fãs gritavam.

O público curitibano confere o show nesta quinta-feira (19), na Pedreira Paulo Leminski.

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