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James Franco e Seth Rogen, protagonistas, roteiristas, diretores e produtores de "A Entrevista". | Reuters
James Franco e Seth Rogen, protagonistas, roteiristas, diretores e produtores de "A Entrevista".| Foto: Reuters

Os ataques de hackers aos estúdios Sony afetou e estreia do filme "A Entrevista", com James Franco. A première, que seria em Nova York, foi cancelada porque as grandes redes de cinema dos EUA decidiram adiar as exibições (com estreia prevista para 25 de dezembro) com medo de ataques terroristas. Segundo o Departamento de Segurança dos EUA não há nada que comprove um ataque efetivo a qualquer sala de cinema.

O filme satírico conta a história de um apresentador de TV (Franco) e seu produtor (Seth Rogen) que conseguem uma entrevista com o líder norte-coreano, Kim Jong Un, e são recrutados pela CIA para assassiná-lo.

Nesta quarta-feira (18) cineastas e atores de Hollywood expressaram indignação com o cancelamento. Os atores Ben Stiller, Steve Carell, Rob Lowe, o apresentador Jimmy Kimmel e o cineasta Judd Apatow, todos amigos dos atores principais de "A Entrevista", Seth Rogen e James Franco, criticaram a decisão tomada pelas redes de cinema e pela Sony. Lowe, que faz uma ponta no filme, tuitou: "Nossa. Todo mudo cedeu. Os hackers venceram. Uma vitória total e completa para eles".

Kimmel, pelo Twitter, chamou a decisão de "um ato antiamericano de covardia que valida ações terroristas e estabelece um terrível precedente". Stiller, que dirigiu e estrelou a comédia "Zoolander", de 2001, sobre um modelo que passa por uma lavagem cerebral para assassinar um fictício primeiro-ministro da Malásia, classificou o cancelamento de "A Entrevista" como uma "ameaça à liberdade de expressão".

Carell disse que é "um dia triste para a expressão criativa". Tanto Carell quanto Stiller tuitaram fotos de Charlie Chaplin interpretando sua paródia sobre Adolf Hitler, "O Grande Ditador", de 1940. Franco e Rogen, que dirigiram, produziram e escreveram "A Entrevista" com o parceiro de filmes Evan Goldberg, não fizeram pronunciamentos públicos na quarta-feira. Uma fonte do governo dos EUA disse que investigadores haviam determinado que a Coreia do Norte estava por trás do ciberataque do mês passado contra a Sony, vazando documentos e alcançando as manchetes mundiais.

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