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Atores, muito jovens, escolheram pesquisar a literatura beat | Chico Nogueira/Divulgação
Atores, muito jovens, escolheram pesquisar a literatura beat| Foto: Chico Nogueira/Divulgação

É possível dizer que Charles Bukowski acendeu o interesse literário de muitos curitibanos, mas poucas vezes esteve tão explicitamente no palco como agora.

O espetáculo Coquetel Overdose, que o grupo Delírio estreia nesta sexta-feira, é inspirado na obra do autor norte-americano (nascido na Alemanha, onde trabalhava o pai, um soldado violento). Veja o serviço completo no Guia Gazeta do Povo.

Outros nomes da literatura underground, como Allen Ginsberg e Jack Kerouac, compõem as quase 20 cenas no palco, que ocupam duas horas e dez minutos. São pequenas histórias "radicais", como define o diretor Edson Bueno, interpretadas por Guilherme Fernandes, Johnny Leal, Michelle Rodrigues, Renata Chemin, Robysom Souza, Rudi Mayer e Evandro Santiago.

Em uma delas, um serial killer convida uma moça para comer uma pizza em sua casa. Sentam-se cada um a um canto da mesa, mantendo uma conversa extremamente tensa e carregada de sensualidade. Em outra, uma mulher desabafa impropérios contra o marido escritor, que não tira os olhos da máquina de escrever.

"É um mosaico de poesia suja, dolorosa, desumana às vezes", previne Bueno, que escreveu o texto ao longo do processo de pesquisa com o grupo, durante cinco meses.

O visual e a interpretação têm influência do universo beat, mas é no cinema independente norte-americano da década de 1980 que o espetáculo se nutre. "A luz, a sonoplastia, o encadeamento, revelam os filmes underground."

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