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O filme Chantal Akerman, de Cá estreia na semana acadêmica antes da exibição nacional, na sexta-feira | Divulgação
O filme Chantal Akerman, de Cá estreia na semana acadêmica antes da exibição nacional, na sexta-feira| Foto: Divulgação

Programação

Nesta terça-feira, a semana dá início da oficina sobre cineclubismo e abre debate sobre a videoarte

Hoje começa a oficina sobre Cineclubismo no auditório na CineTvPR (das 14 às 18 horas) com Rodrigo Bouillet (MINC), Nikola Matevski (Paço da Liberdade) e Emmanuel Appel (UFPR). Das 19h30 às 23h, no auditório da FAP, palestra sobre videoarte contemporânea, com Arthur Tuoto. A programação completa no blog do Caderno G: www.gazetadopovo.com.br/blog/blogdocadernog

Não é de hoje que cinéfilos curitibanos reclamam que filmes independentes exibidos pelo país não chegam até a capital do Paraná. Refletir sobre esse fenômeno e tentar integrar o estado nas discussões cinematográficas nacionais é o objetivo da 3.ª Se­­mana Acadêmica de Cinema da FAP/CineTV-PR. O evento, com o tema Perspectivas para o Cinema Brasileiro nos anos 10, tem programação até sexta-feira e é organizado pelo Curso de Cinema e Vídeo da FAP em parceria com o Centro Acadêmico Zé do Caixão (CAZÉ).

Além de discussões e palestras voltadas para o âmbito acadêmico, a Semana trouxe dois filmes inéditos: Estrada para Ythaca (dirigido por Luiz e Ricardo Pretti, Guto Parente e Pedro Diógenes, exibido ontem à noite) e Chantal Akerman, de Cá (com direção de Gustavo Beck e Leonardo Ferreira), que foi premiado no 14.º Festival de Cinema Luso-Brasileiro de Santa Maria da Feira (Portugal) e será exibido na quinta-feira, às 20 horas, na Cinemateca de Curitiba, antecipando a estreia em circuito nacional na sexta-feira. "Queremos causar uma certa efervescência nessas discussões, já que sequer vimos muitos dos filmes, quanto menos pensamos sobre eles", diz um dos curadores da Semana, João Krefer.

Outro lançamento será do livro Cinema de Garagem – Um Inventário Afetivo sobre o Cinema Brasileiro do Século XX, de Dellani Lima e Marcelo Ikeda, amanhã, às 14 horas, no Auditório da FAP (Rua dos Funcionários, 1357 - Cabral). A obra mapeia a produção independente do audiovisual brasileiro na última década e pontua as transformações sociais, políticas e tecnológicas dentro da produção cinematográfica. Também foram chamados palestrantes de destaque no país. "Várias instâncias foram atendidas na programação, desde as técnicas até discussões sobre crítica e cineclubismo", diz Krefer.

Solução

O curador acredita que as estreias são uma forma de levar filmes independentes para um maior número de pessoas, porém, a solução para o problema em Curitiba não depende de um único "remédio" – apesar de a cidade já contar com espaços, como a Cinemateca e o Paço da Liberdade, que, periodicamente, realizam mostras com filmes que não chegam ao grande circuito. "Formar círculos alternativos de exibição sem o pagamento de ingressos é uma proposta, já que muitos filmes não se enquadram nas exigências do esquema de mercado atual de exibição."

Krefer, que é oriundo da nova geração formada pela CineTV-PR, afirma que o objetivo dos realizadores é melhorar o diálogo com o público e com as gerações posteriores, algo que, critica ele, cineastas oriundos dos anos 1980 e 1990 não fizeram. "Somos uma geração que criou espaço com as próprias pernas. Os curtas-metragens premiados em festivais e que hoje representam a produção local surgiram da força de vontade individual de cada realizador."

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