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Onde estudar

Atualmente diversas faculdades em Curitiba oferecem a graduação (licenciatura e/ou bacharelado) em História:

• Universidade Federal do Paraná (UFPR) – Tem o curso de História mais antigo e tradicional na cidade, além de departamento de pós graduação (especialização, mestrado e doutorado).

• Faculdades Integradas Espírita (FIES) – O curso de História foi criado em 1979, com o nome de Estudos Sociais, conforme solicitado pelo governo durante o regime militar. Forma em média entre 30 e 40 alunos por ano.

• Universidade Tuiuti do Paraná (UTP) – Existe desde 1994 e tem como diferencial o bacharelado com ênfase em Patrimônio Cultural.

• Uniandrade – Oferece a graduação em História desde 2002. Oferece opção de licenciatura e bacharelado.

• PUCPR – Começará a oferecer a licenciatura em História a partir de 2008. Apresenta fortes ligações com os outros departamentos de humanas da universidade, como Filosofia e Pedagogia.

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Durante muito tempo, os curitibanos que optassem por uma graduação em História tinham duas opções: passar no vestibular da Universidade Federal do Paraná (UFPR) ou se mudar de cidade. O panorama se modificou aos poucos, com a abertura do antigo curso de Estudos Sociais (hoje, graduação em História), nas Faculdades Integradas Espírita (FIES), no final dos anos 70; e, já nos anos 90, com o curso oferecido pela Universidade Tuiuti do Paraná (UTP).

Atualmente, é possível estudar História em diversas faculdades na cidade (leia quadro) e, a partir do próximo ano, a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) também contará com o curso de licenciatura em História.

"A História hoje está de forma mais evidente em tudo, principalmente depois do lançamento do filme Gladiador (de Ridley Scott). Diversos professores entraram em contato com a História Cultural, que é muito mais reflexiva e dentro da qual as pessoas se reconhecem", explica a coordenadora do curso da PUCPR, professora Maria Cecília Pilla.

A licenciatura oferecida pela PUCPR vem complementar o leque de possibilidades para os alunos que optam pelos cursos na área de humanas. A partir do próximo ano, a universidade terá também graduação em Sociologia. "A PUC tem tradição de grupos ligados à História. E, como os cursos da área de humanas são bastante unidos, o projeto vinha sendo estudado há tempos", explica Maria Cecília.

O novo curso de História da PUC, somado aos já existentes, vêm atender também à demanda de alunos interessados em complementar a formação. "O curso cresceu bastante nos últimos tempos, principalmente pelo interesse das pessoas que já têm uma graduação anterior, como Direito ou Jornalismo", afirma a professora Sidinalva Wawzyniak, diretora da faculdade de Ciências, Letras e Artes da UTP, que possui o curso de História – com ênfase em Patrimônio Cultural – desde 1994.

Todas as graduações na cidade possuem no programa uma disciplina sobre História do Paraná, contrariando a idéia de que os estudos regionais possam estar um pouco esquecidos. "A produção acadêmica em História do Paraná existe, mas a disseminação e publicação disso acaba ficando restrita ao âmbito acadêmico", explica o professor de História do Brasil da FIES, Décio Roberto Szvuarça.

O estudo de História do Paraná, na atual grade curricular escolar, é ministrado aos alunos da 4.ª série do ensino fundamental (crianças na faixa dos 10 anos) e, algumas vezes, não é mais retomado.

"No programa, se estuda muito mais a História do Egito Antigo do que a História do Paraná", aponta Maria Cecília. "Mesmo na História do Brasil, por muito tempo se estudava somente a partir dos presidentes da República: o que eles fizeram, o que aconteceu com eles. Via-se o que acontecia no âmbito econômico e político, mas nada muito abrangente", completa.

Já para a professora Sidinalva Wawzyniak, da UTP, existe sim uma preocupação com a história local. "Se fala muito de História do Paraná e pouco de História do Brasil no ensino médio", aponta.

Após o final da ditadura e com o fortalecimento de novas vertentes da História, que se ocupam de temas como a História Cultural e a História da Alimentação – para citar dois exemplos – novos caminhos passaram a ser delineados.

"Acredito que o ensino de História deva se iniciar sempre pela História local e regional. Isso permite que o professor possa discutir o conteúdo e levar os alunos – tanto da graduação quanto os dos colégios – aos arquivos, para compreender a matéria-prima do ensino de História", conclui o professor da FIES, Décio Roberto Szuarça.

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