Eu Sou o Número 4 quer ser Crepúsculo

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Pretensioso desde o início, Eu Sou o Número 4 (confira trailer, fotos e horários das sessões; atenção à data de validade da programação em cinza), que estreia nos cinemas brasileiros neste fim de semana, falha miseravelmente em tudo que tenta ser. Com enredo fraco, que não sustenta uma boa história de ação e ficção científica, personagens rasos, incapazes de conquistar o público por identificação, e uma reunião de clichês sobrenaturais, o longa-metragem é redundante e irrita ao deixar propositalmente uma série de pontas abertas para garantir uma sequência.

Um dos nove últimos sobreviventes de sua raça, o jovem alienígena vivido por Alex Pettyfer passou a vida refugiado na Terra, sempre fugindo dos Mogodorians, seres extraterrestes que tem por único objetivo destruí-lo. O porquê da perseguição, entretanto, não é explicado em nenhum momento. Com direção de D. J. Caruso e produção de Michael Bay (Pearl Harbor e Tranformers), a trama é confusa e, mesmo com grandes sequências de ação – uma das marcas registradas de Bay –, não convence, nem chama a atenção.

Apostando no carisma e beleza dos protagonistas Pettyfer e Diana Agron (a Quinn, da série adolescente Glee), cujos personagens se apaixonam perdidamente após um breve encontro na escola, o filme oferece à plateia muitas situações românticas embaraçosas, com diálogos constrangedores e atuação fraquíssima. Isso sem contar o "fator Crepúsculo", que já deixou manjado o amor proibido entre um jovem sobrenatural e a menina isolada socialmente no colégio.

Um dos únicos pontos fortes do longa talvez seja a trilha sonora, que traz canções das bandas The xx, Kings of Leon e Jimmy Eat World, além da nova sensação britânica, a cantora Adele. Mesmo assim, não basta para salvar o filme.