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Os Estados Unidos pediram à Alemanha que publique uma lista das 1.400 obras de arte roubadas pelos nazistas e que foram encontradas em um apartamento de Munique no ano passado, durante uma investigação alemã de evasão fiscal, disseram autoridades norte-americanas na quinta-feira. As autoridades, que falaram sob anonimato, disseram que diplomatas norte-americanos tinham contatado o governo federal alemão sobre o vasto tesouro de arte, que inclui pinturas anteriormente desconhecidas de Henri Matisse e Otto Dix. Uma autoridade norte-americana disse que o governo dos EUA soube pela imprensa sobre a descoberta do tesouro, que veio a público nesta semana e inclui obras de artistas como Canaletto, Courbet, Picasso e Toulouse-Lautrec. "Nossa missão é discutir essa notícia com as autoridades alemãs relevantes, e pedimos a elas que publiquem uma lista completa das pinturas recuperadas", disse essa autoridade, dizendo que os contatos norte-americanos foram com o governo federal alemão, que por sua vez estava lidando com as autoridades locais sobre a questão. Investigadores da alfândega confiscaram no ano passado as pinturas, desenhos e esculturas, que datam do século 16 até o período moderno, mas ficaram em silêncio até agora porque descobriram a arte durante uma investigação de evasão fiscal, o que exige sigilo. O sigilo e o fato de não publicar até agora uma lista de obras completa atraiu críticas dos que argumentam que a publicação de tais descobertas é crucial para estabelecer sua propriedade e devolvê-las a seus proprietários de direito. Os nazistas saquearam de forma sistemática centenas de milhares de obras de arte de museus e de pessoas em toda a Europa. Milhares de obras ainda estão desaparecidas. Grupos judaicos exigiram que as origens das obras de arte fossem pesquisadas o mais rápido possível, para que, saqueadas ou extorquidas, elas possam ser devolvidas a seus donos originais. Para algumas famílias, a arte desaparecida constitui os últimos objetos pessoais de parentes mortos durante o Holocausto.

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