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7.º Festival de cinema da Lapa

Evento ascende e abre espaço aos filmes nacionais

7º Festival da Lapa comprova a necessidade de estabelecer espaços para filmes com dificuldades de inserção no mercado distributivo do cinema nacional

Da Mostra Competitiva aos filmes e palestras sobre Mazzaropi, o 7.º Festival de Cinema da Lapa, realizado entre 25 e 29 de novembro, demonstrou a urgência de se abrir espaço para o cinema nacional e romper a lógica do mercado exibidor.

Entre as conversas comuns entre atores, produtores e diretores, um eixo: está cada vez mais difícil lançar um filme no Brasil. Os motivos são diversos, das salas nacionais completamente nas mãos das distribuidoras ao custo cada vez maior de realização de um longa-metragem.

À margem do espírito de crise, muitos fatores contribuem para que a Lapa consiga trazer alguma água ao deserto. Ao sétimo ano, o festival já integra o circuito nacional e consegue trazer filmes de propostas diversas. Auxilia o fato de que a região está razoavelmente perto de Curitiba, pouco mais de uma hora e meia de carro. Por fim, a cidade tem tradição em filmes de época, muito em função das memórias da Guerra do Contestado.

Dos acertos desta edição, a criação da Mostra Competitiva, mais popular. Os quatro filmes que concorreram nas doze categorias respondiam a apostas diferenciadas. Não Pare na Pista – A Melhor História de Paulo Coelho, de Daniel Augusto, trouxe uma cinebiografia quase chapa-branca e não comoveu público. Isolados, o suspense de Tomas Portella, foi muito barulho por nada, embora tecnicamente primoroso. O Menino no Espelho, de Guilherme Fiúza Zenha, adaptou com delicadeza o universo memorioso-ficcional do escritor Fernando Sabino.

Contudo, o destaque foi o ambicioso e competente A Estrada 47, de Vicente Ferraz, que abocanhou os principais prêmios da noite, como Melhor Filme, Direção e Roteiro. Reconhecimento merecido e à altura de um festival equilibrado e coerente.

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