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Já se tornou uma tradição que percorre o mundo: todo dia 16 de junho, admiradores do escritor irlandês James Joyce (1882- 1941) relembram a data que marca seu romance "Ulysses", marco da literatura que narra a memorável caminhada de 18 horas do judeu-húngaro-irlandês Leopold Bloom pela cidade de Dublin, atravessada pelo Rio Liffey, justamente em 16 de junho de 1904. O enredo é festejado em diversas cidades do planeta e, no Brasil a mais tradicional ocorre em São Paulo.

Habitualmente organizado pelo poeta e tradutor Marcelo Tápia, o Bloomsday paulistano (que acontece desde 1988) inclui palestras, exibições de filmes, apresentações musicais e leituras no bar Finnegan’s, local que habitualmente recebe o evento - no fim de semana passado, houve uma prévia na Casa das Rosas, que participa do Bloomsday desde 2005.

A programação começa às 19h30, com apresentação de música irlandesa tradicional, pelo grupo Irish Dreams. Em seguida, Tápia fará uma breve apresentação de Ulysses, que vai anteceder a leitura de fragmento do episódio Ítaca - o texto em inglês será narrado por John Milton, e em português, na tradução de Caetano Galindo, pelo próprio Tápia, joyciano confesso que, desde 1992, publica folhetos explicativos, como o programa e os textos do evento.

O Dia de Bloom paulistano vai prosseguir com leituras do texto joyciano feitas por tradutores e escritores como Alípio Correia de Franca Neto e Alex Dias. O encerramento será marcado por uma apresentação musical de Alberto Marsicano (cítara), Cid Campos e Lúcio Agra, acompanhados por leitura de fragmentos de Ulysses e Finnegans Wake, em inglês, por John Milton.

Em Curitiba, o evento terá lugar na Universidade Federal do Paraná, a partir das 14 horas, enquanto em Belo Horizonte a comemoração vai ser no Museu Inimá de Paula, às 17 horas, com a exposição "Alucinações", em que Adriana Peliano aproxima Joyce de Lewis Carroll.

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