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Um extensa retrospectiva dedicada ao legado do pintor, desenhista e gravurista italiano, Guido Viaro, está sendo realizada pela exposição "Guido Viaro –Um visionário da arte", organizada pelo filho do artista, Constantino Viaro, em parceria com as pesquisadoras Estela Sandrini e Maria José Justino. A exposição inaugura nesta terça-feira (28) para convidados e abre para o público na quarta-feira (29) no Museu Oscar Niemeyer (MON).

Cerca de 200 trabalhos retomam a trajetória do artista italiano que fugiu do seu país de origem para vir ao Brasil em 1927. Na mostra estão incluídas telas como "O Medo", "O Homem sem Rumo" e "A Polaca". Outros 1,1 mil trabalhos inventariados e fotografados por Juliano Sandrini serão projetadas a partir de um DVD e um documentário elaborado pelo neto Túlio Viaro, contendo 25 entrevistas com artistas e pesquisadores, também será exibido.

Maria José Justino explica que a curadoria priorizou a linguagem em detrimento à cronologia. A mostra foi organizada em núcleos, utilizando como critérios os eixos temáticos e as linguagens empregadas pelo artista. "Viaro é um grande desenhista, gravador e pintor. E tem a questão dos temas. Embora ele não fosse religioso, ele teve uma fase rica com o tema religioso. É um tratamento humanístico que torna sagrado o profano. Isso conversa com o tratamento humano nos retratos das aquarelas. Nas gravuras, ele é mais narrativo, e também há a fase abstrata. Tudo isso está presente nessa mostra", explica Justino.No decorrer da exposição, Maria josé Justino irá lançar o livro "Viaro – Um Visionário da Arte", inventário extenso sobre a produção artística de Guido Viaro, incluindo informações historiográficas, bibliográficas e textos críticos. No próximo ano, Constantino Viaro pretende levar adiante o resgate do legado do pai. Um centro cultural deverá concentrar o acervo e uma exposição permenente das obras, além de promover outros eventos.

Biografia

Guido Viaro (1897-1971) nasceu na Itália (Badia Polesine, província de Rovigo) e desembarcou no Rio de Janeiro em 1927. Seguiu para São Paulo, onde teve uma breve convivência com artistas que mais tarde comporiam o "Grupo Santa Helena" (Volpi e Clóvis Graciano, entre outros). Trabalhou como ilustrador em jornais, serviços gráficos e afrescos em café, residências e fazendas. Fixou-se no Paraná em 1929, onde constituiu família, fez amigos e amadureceu como artista (pintura, desenho, gravura). Trouxe as inquietações do modernismo, que ainda não havia chegado a Curitiba, gerando discípulos como Fernando Velloso, Juarez Machado, Fernando Calderari, Domicio Pedroso, Luiz Carlos Andrade Lima, João Osório Brezezinski e Violeta Franco, entre outros.

Em 1937 Viaro iniciou a primeira escolinha de arte do país, que mais tarde se transformou no Centro Juvenil de Artes Plásticas, funcionando até os dias atuais no centro histórico de Curitiba.

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Serviço: Abertura da exposição: "Guido Viaro – Um visionário da arte". Terça-feira (28) às 19 horas. Visitas a partir de quarta-feira (29) das 10h às 18 horas. Museu Oscar Niemeyer (Rua Marechal Hermes, 999) Tel.: (41) 3350-4400. R$ 4,00 e R$ 2,00 estudantes identificados. Até 4 de março de 2007.

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