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O ator Gaspard Ulliel em cena do longa "Hannibal - a origem do mal" | Divulgação/Weinstein Co.
O ator Gaspard Ulliel em cena do longa "Hannibal - a origem do mal"| Foto: Divulgação/Weinstein Co.

O Museu da Gravura Cidade de Curitiba abriga, a partir desta terça-feira (17), a exposição "Fayga Ostrower, doação", com uma seleção das mais significativas obras da artista, entre elas uma valiosa coleção de 20 gravuras recém-doadas ao acervo da Fundação Cultural de Curitiba (FCC) por seus herdeiros, Anna Leonor e Carl Robert Ostrower.

O evento, incluso no programa de Valorização e Difusão do Acervo da Diretoria de Patrimônio Cultural, tem início às 18h, com mais uma edição da "Hora da Prosa – Conversas sobre Patrimônio Cultural" sobre o tema "O Instituto Fayga Ostrower e seu acervo", a cargo das palestrantes Anna Leonor Ostrower e Uiara Bartira. A palestra e a exposição sobre Fayga Ostrower marcam a reabertura das atividades do Centro Cultural Solar do Barão, depois de um período de reformas. A mostra, que tem curadoria de Nilza Procopiak, reúne 29 gravuras em técnicas diversas e coloca ao alcance do público a arte de uma das gravadoras mais importantes do Brasil, reconhecida por sua temática abstrata. Falecida em 2001, a artista deixou uma produção que destaca a gravura nas artes plásticas. Para Fayga, a gravura era fundamental, como pode ser constatado em uma de suas declarações: "Quase que imaterial, pelo mínimo de elementos integrantes, a expressão adquire grande densidade poética, pois, por mais ligeira que fosse, cada acentuação formal torna-se plenamente significativa e essencial".

A artista

Gravadora, pintora, desenhista, ilustradora, teórica da arte e professora, Fayga Ostrower nasceu em Lodz (Polônia), em 1920, e chegou ao Rio de Janeiro na década de 1930. Cursou Artes Gráficas na Fundação Getúlio Vargas, onde estudou xilogravura com Axl Leskoscheck e gravura em metal com Carlos Oswald, entre outros. Em 1955, viajou por um ano para Nova Iorque (EUA) com uma Bolsa de estudos da Fullbright.

A artista desenvolveu atividades docentes na disciplina de Composição e Análise Crítica no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. No decorrer da década de 1960, lecionou no Spellman College, em Atlanta (EUA); na Slade School da Universidade de Londres (Inglaterra), e, posteriormente, como professora de pós-graduação, em várias universidades brasileiras. Também ministrou cursos para operários e centros comunitários, visando à divulgação da arte. Proferiu palestras em inúmeras universidades e instituições culturais, no Brasil e no exterior.

Entre suas premiações estão o Grande Prêmio Nacional de Gravura da Bienal de São Paulo (1957) e o Grande Prêmio Internacional da Bienal de Veneza (1958). Nos anos seguintes, o Grande Prêmio nas bienais de Florença, Buenos Aires, México, Venezuela e outros. Em 1972, foi agraciada no Brasil com a condecoração Ordem do Rio Branco.

Realizou exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior e seus trabalhos encontram-se nos principais museus brasileiros, da Europa e das Américas. Publicou livros sobre questões de arte e criação artística, entre eles "A Sensibilidade do Intelecto" (Editora Campus, RJ), ganhador do Prêmio Literário Jabuti, em 1999. Fayga foi casada com o historiador Heinz Ostrower e teve dois filhos, Anna Leonor (Noni) e Carl Robert; e três netos, João Rodrigo, Leticia e Tatiana. A artista faleceu no Rio de Janeiro, em 2001.

Confira as exposições em cartaz no Guias e Roteiros

Serviço: "Fayga Ostrower, doação", sob curadoria de Nilza Procopiak. De 17 e abril a 30 de setembro. Museu da Gravura Cidade de Curitiba - Centro Cultural Solar do Barão (Rua Carlos Cavalcanti, 533, Centro) Tel.: 3321-3242. Horário de visitas: de terça a sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h às 18h; sábados e domingos, das 12h às 18h. Entrada franca.Nesta terça-feira (17), às 18h, realização do programa "Hora da Prosa – Conversas sobre Patrimônio Cultural", com o tema "O Instituto Fayga Ostrower e seu acervo", tendo como palestrantes Anna Leonor Ostrower e Uiara Bartira.

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