
Ela não é atriz, embora tenha feito aulas de interpretação. As aulas, na verdade, serviram para melhorar sua atuação como professora de História. Mesmo assim, pode-se dizer que Glória Caffé, aos 60 anos, é uma especialista no Festival de Teatro de Curitiba. Chegou à cidade há 18 anos, um mês antes do início da primeira edição do evento e, desde então, não perdeu um festival sequer. O interesse de Glória pelo teatro está no prazer em assistir aos espetáculos. "Sempre na primeira fila", diz a baiana de Juazeiro. Todos os anos ela é uma das primeiras a comprar os ingressos. Chega sempre cedo ao guichê para garantir os melhores assentos. Aposentada, hoje ela é a responsável pela compra dos seus bilhetes e os de seus amigos que conheceu na fila da bilheteria em edições passadas.
Glória guarda todos os guias dos festivais, além dos ingressos das peças às quais assistiu e os programas dos espetáculos. Todos divididos em pastas, uma para cada ano de festival. "Cada doido com sua mania", justifica a professora.
Para este ano, ela já garantiu dez entradas para a mostra oficial. A seleção é criteriosa. Glória diz que escolhe as peças pelo texto, diretor e elenco. Disse, por exemplo, que a atuação do ator José Wilker na peça A Cabra ou Quem É Sylvia?, em 2009, foi ótima. "O texto era fraco, mas quando o Zé Wilker entrou no palco, ele dominou o espetáculo", relembra.
A professora também é conhecida pela ajuda que dá a grupos teatrais que vêm de outras cidades. Em 2002, o amigo e conterrâneo Eugênio dos Santos trouxe uma peça para ser apresentada no Fringe. Sem recursos, Glória não lhe negou ajuda nem aos integrantes do grupo. Serviu-lhes almoço e jantar durante os dias em que permaneceram na cidade.
O cardápio é sempre reforçado: cuscuz à baiana, "para dar sustância aos meninos". Já ajudou diversos grupos e serviu refeição para 15 pessoas.
Ano passado, um grupo de visitantes chegou às 8 horas a sua casa sem avisar , precisando de ajuda. Ela iria a uma sessão de autógrafos na Casa Andrade Muricy, e os amigos tiveram de esperar. Após voltar do evento, passou no supermercado para comprar os ingredientes. O almoço ficou pronto às 4 da tarde.
Hoje, seu principal compromisso é com os espetáculos. Durante o festival, chega a assistir cinco apresentações em um dia. E não perde o fôlego. "Trabalhei 35 anos, e quero ter tempo para assistir àquilo que gosto." Além disso, Glória adora a cidade durante o festival: "Curitiba tem outro clima. Em cada esquina há um grupo se apresentando. A cidade fica linda".Serviço: Ingressos para o Festival de Curitiba e para o Fringe Imostra paralela) já estão à venda. A bilheteria central está localizada no ParkShopping Barigüi (Rua Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 600 Mossunguê). Os ingressos do Fringe serão vendidos até um dia antes do espetáculo na bilheteria do shopping. Após, somente no espaço ou teatro em que ocorrerá a apresentação. Mais informações, pelo telefone da bilheteria: (41)3317-6710; ou pelo Ingresso Rápido: 4003-1212
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