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Marcos Cordiolli, presidente da Fundação Cultural de Curitiba | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Marcos Cordiolli, presidente da Fundação Cultural de Curitiba| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo
  • Cine Guarani- Reaberta em junho de 2012, a sala que integra o Centro Cultural do Portão segue como a única opção de cinema público fora do centro da cidade. A programação deve valorizar a produção local e nacional.
  • Cine Passeio- O processo de licitação das três novas salas deve ser iniciado nas próximas semanas. O complexo terá espaço para cursos e palestras e uma biblioteca. A programação vai privilegiar o circuito de filmes alternativos e de arte.
  • Cinemateca de Curitiba- A sala de exibição será usada para mostras temáticas e como espaço de apoio à produção local. A sala menor segue como centro de memória, com exibições agendadas do acervo, que será ampliado e compartilhado com cinematecas de outras capitais.
  • Salas alternativas- A FCC vai procurar salas comerciais com vocação para filmes do circuito independente para a criação de campanhas de formação de público. A ideia é que, a partir de julho, o Vale Cultura seja usado para incentivar a frequência a filmes alternativos.

O novo presidente da Fundação Cultural de Curitiba (FCC), Marcos Cordiolli, quer devolver aos cinéfilos a chance de assistir a filmes independentes na tela grande das salas públicas da capital.

Para tanto, pretende anunciar em breve uma série de políticas para a área audiovisual e alterar o perfil das salas públicas que existem e das que serão construídas durante a gestão.

Cineasta, produtor e ex-assessor da Agência Nacional de Cinema (Ancine), Cordiolli nega que vá privilegiar sua área de formação. Ele admite, porém que "talvez tenha uma variedade maior de experiências culturais significativas que podem ajudar em ideias e soluções".

Uma das preocupações é com a qualidade da programação. "Em conversas com colegas de outras cidades, percebi que muitos se impressionavam com o número de clássicos que pude ver em tela grande e eles não. A geração que frequentava o Luz, o Ritz e o Groff [extintos cinemas de rua] teve este privilégio. A atual está órfã", compara.

Ele disse que a FCC vai contar, a partir deste ano, com um conselho de programação para que visões diferentes sejam analisadas na escolha dos filmes e mostras. "A diversidade e a qualidade do que o curitibano vê no cinema é política pública e nós vamos trabalhar muito para melhorar isso", afirma Cordiolli.

Passeio

O advento do Cine Passeio também vai permitir alterar o perfil da programação das demais salas. "Tenho uma dívida de gratidão com a [ex-presidente da FCC] Roberta Storelli, foi mérito pessoal dela", reconhece.

No final do ano passado, a gestão que o antecedeu viabilizou 80% dos recursos para as obras de transformação do antigo quartel do Exército, situado à Rua Riachuelo, nas três salas do Cine Passeio, por meio de venda de potencial construtivo.

Para Cordiolli, o aumento do número de salas demandará um "projeto forte de formação de público", o que pode incluir parcerias com as salas comercias.

Ele disse ainda que está analisando projetos de construção de salas na periferia e pretende instalar um cineclube em cada escola municipal até o final de sua gestão.

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