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Cartaz do festival Olhar de Cinema, que terá sessões no Espaço Itaú de Cinema e na Cinemateca | Estudio Tijucas
Cartaz do festival Olhar de Cinema, que terá sessões no Espaço Itaú de Cinema e na Cinemateca| Foto: Estudio Tijucas

As inscrições para a primeira edição do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba se encerram na próxima se­­ma­­na, mas a organização do evento, que acontece entre 29 de maio e 4 de junho de 2012, já recebeu 1.049 filmes de todo o mundo, entre curtas e longas-metragens, e a expectativa é de que pelo menos 200 produções ainda se candidatem a uma vaga entre os selecionados.

Segundo o produtor Antônio Junior, um dos três diretores do festival, ao lado do cineasta Aly Muritiba (do premiado curta A Fábrica) e de Marisa Merlo, também sócia e produtora da Grafo, empresa responsável pela organização do evento, até 26 de março uma primeira lista de filmes que participarão do festival será divulgada. E, no máximo até 29 de abril, um mês antes da abertura do Olhar de Cinema, a programação oficial estará completa e nas ruas.

O evento, que terá sete dias de duração, foi aprovado pela Lei Rouanet, dispositivo federal de incentivo à cultura. A iniciativa terá como patrocinador principal a Volvo, que destinou ao festival o equivalente a R$ 153 mil. Por meio do projeto Conta Cultura, cujo objetivo é facilitar a parceria entre produtores e empresas estatais do Paraná interessadas em patrocinar propostas culturais, a Copel entrou com um total de R$ 100 mil, mesmo valor da contribuição da Schweppes (marca de refrigerantes da Coca-Cola), também via Lei Rouanet. Esses valores cobrem o orçamento previsto para o evento.

Lacuna

O Olhar de Cinema virá preencher uma lacuna bastante im­­portante no calendário cultural da cidade. Na última década, Curitiba perdeu primeiro o Festival de Cinema, Vídeo e DCine, depois, o do Paraná de Cinema Brasileiro Latino e, agora, o PUTZ [Festival Universitário de Cinema e Vídeo da Universidade Federal do Paraná].

Para a exibição dos filmes em competição, a Grafo fechou a cessão de duas salas de exibição com o Espaço Itaú de Cinema – novo nome do antigo Unibanco Arteplex, que permaneceu fe­­cha­­do por quase seis meses para reforma e reabre ao público no dia 30 de março. A Cinemateca de Curitiba será o terceiro espaço de projeções. Também já estão acertados os apoios do Sesc – Paço da Liberdade, onde serão realizados debates com os realizadores na parte da manhã e seminários à tarde, e com o Sesi/Senai, que viabilizará uma mostra itinerante por municípios da Grande Curitiba.

Está prevista, também, uma exposição de videoarte, com um nome nacional e outro internacional, no Museu Oscar Nieme­yer. A mostra, que contará com a presença dos artistas na cidade, deverá se estender após o término do festival.

Competitivas

A proposta do Olhar de Cinema é selecionar em torno de 70 filmes, entre curtas e longas-metragens (de ficção, documentário ou animação), do mundo todo. Os títulos serão divididos em duas mostras competitivas: Janela Internacional, da qual produções brasileiras também vão participar, e outra exclusivamente nacional, Olhares Brasil, com obras que não estejam participando da competitiva. A ideia é também organizar a mostra Mirada Paranaense, não competitiva, exclusivamente voltada a filmes estaduais.

Antônio Junior contou que a maior parte dos inscritos, que já estão sendo vistos pela organização do Olhar de Cinema, são da Europa e da América Latina (Argentina, México e Chile são os países da região com mais títulos inscritos). Além do Brasil, é claro.

A maior parte dos longas é de novos cineastas, com um, dois ou, no máximo, três títulos no currículo.

Prêmios

Os prêmios, nas duas competitivas, serão concedidos em três categorias: Prêmio Olhar (me­­lhor filme), Prêmio Especial do Júri e Prêmio de Contribuição Artística, destinado a qualquer profissional envolvido na realização da obra, como diretores de fotografia, compositores, atores, roteiristas e montadores, entre outros. Haverá, também, o prêmio Novo Olhar, para filmes de cineastas estreantes, com um ou dois longas no currículo, que serão exibidos na paralela Novos Olhares, sem caráter de competição.

Nesta primeira edição, com a verba prevista pelo orçamento, o intuito é trazer a Curitiba todos os realizadores brasileiros selecionados e oferecer hospedagem e alimentação aos estran­­geiros que se interessarem em vir ao festival com seus próprios recursos.

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