• Carregando...
Amir Labaki, do festival "É tudo verdade": documentaristas consagrados voltam com novos títulos. | Divulgação
Amir Labaki, do festival "É tudo verdade": documentaristas consagrados voltam com novos títulos.| Foto: Divulgação

Criador do programa É Tudo Verdade, a maior vitrine para o cinema documental no Brasil, o crítico de cinema Amir Labaki anuncia na próxima terça-feira (28) a lista de filmes brasileiros em competição no festival, cuja 17ª edição vai acontecer de 22 de março a 1º de abril no Rio de Janeiro e em São Paulo.

No dia 2, será divulgado o cardápio estrangeiro, que já inclui Planeta do caracol (Planet of snail), produção sul-coreana de Seung-Jun Yi premiada em 2011 no International Documentary Film Festival Amsterdam, na Holanda, por abordar o universo sensorial de um cego e surdo. Nesta entrevista, Labaki antecipa mais algumas atrações e faz uma análise da saúde comercial do cinema documental brasileiro.

Que atrações já estão confirmadas para o É Tudo Verdade 2012?Uma característica muito honrosa da seleção deste ano é o retorno de grandes documentaristas em novos títulos, em competição e projeções especiais. É o caso do polonês Marcel Lozinski, com Tonia e seus filhos, e de Frederick Wiseman, com Crazy Horse. Também será um privilégio celebrar a memória do mestre Richard Leacock, um dos pioneiros do Cinema Direto, morto há um ano, com a estreia mundial do retrato dedicado a ele por Jane Weiner: Ricky on Leacock.

Existe alguma tendência que se insinua nos títulos já selecionados?Ainda estamos fechando os programas, mas a interseção entre a conturbada cena pública e a vida privada dos documentaristas me parece marcante na nova safra, como em filmes únicos como 5 broken cameras, de Emad Burnat e Guy Davidi, premiado em Amsterdã e em Sundance. No Brasil, a diversidade temática permanece marcante, misturando mergulhos no presente e recuperações do passado.

Falando em Brasil, de que maneira você avalia os recentes resultados de público do documentário brasileiro?O desempenho em salas do documentário brasileiro tem sido similar ao do gênero no circuito no mundo inteiro. É já um grande triunfo que os filmes estejam finalmente chegando às salas, mas há ainda muito a aperfeiçoar quanto aos mecanismos de apoio aos lançamentos de documentário, por exemplo, com recursos para publicidade e distribuição. Resultados como os mais de 60 mil espectadores para A música segundo Tom Jobim, de Nelson Pereira dos Santos, é excelente e merecidíssimo. Nas apostas do ano, creio que Raul Seixas: o início, o fim e o meio, de Walter Carvalho, tem um belo potencial.

Em que pé está o longa-metragem que o senhor está filmando sobre Robert Drew, diretor de clássicos do cinema documental norte-americano como Primárias (1960)?Faltam algumas filmagens. Espero ter A candid cinema: Robert Drew pronto para celebrar os 90 anos dele, no começo de 2014.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]