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| Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo

Depois de passar os últimos 36 anos produzindo e atuando em peças de teatro, João Luiz Fiani completou seis meses do outro lado do balcão. Nomeado secretário da Cultura em julho, ele está otimista sobre o que a virada de ano trará para a gestão pública.

Secretário contesta Virada Cultural

Na política de “aperto de cinto” que o governador Beto Richa (PSDB) promoveu neste ano, sobrou para a Virada Cultural Paraná

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MON

Mudar o trajeto das exposições no MON para que a circulação do visitante acabe dentro da loja e do café do museu. “Como ocorre em outros tantos museus no mundo”, diz Fiani.

Não estou aqui para fazer meu teatro, e sim para atender a demanda da cultura. Sei onde o calo aperta.

João Luiz Fiani,secretário estadual da cultura.

Imprensa Oficial

Publicar um livro por mês em seleções feitas por editais coordenados pela Biblioteca Pública do Paraná.

MIS

Uma grande exposição do acervo vai reinaugurar, depois de 11 anos fechado, o Museu da Imagem e do Som. Previsão: primeiro trimestre de 2016.

Ele projeta trabalhar com um orçamento 50% maior do que coube à pasta neste ano – boa parte “contingenciada” pelas medidas de austeridade do governo.

Se em 2015 foram R$ 116 milhões, se esperam cerca de R$ 50 milhões a mais. O pedido foi incluído na Lei Orçamentária Anual, que será votada pela Assembleia Legislativa. “Ainda pode mudar, mas de qualquer forma o cenário será melhor. Agora temos que fazer a coisa certa. A demanda é gigantesca. Temos que dar um passo de cada vez”, pondera.

Fiani já sabe o que quer fazer em 2016. Para ele, a função da secretaria é menos a de fomentar produções de bens culturais e mais a de fazer circular no estado o que já foi produzido com recursos públicos das leis de incentivo municipais.

“Nosso foco será dar visibilidade aos artistas. A meta é que 80% dos gastos sejam para fazer os bens circularem e levar pelo menos alguma ação cultural a cada um dos 399 municípios”, projeta.

Outro avanço previsto é a aprovação do Plano Estadual de Cultura, requisito para que o estado se adeque ao Sistema Nacional de Cultura, algo que para Fiani vai transformar o setor. “Quando assumi, vi que esta era a maior demanda da classe artística.”

O plano conta com participação popular e foi entregue à secretaria de planejamento para ser incorporado a legislação estadual. Fiani explica que além de ser uma exigência legal, todos os estados e municípios tem que aderir –fazer parte do sistema federal vai permitir mais agilidade nas transferências de recursos da União para programas em parceria. “Funciona como o plano diretor para as cidades”, compara. “Mas ao contrário do que possa parecer, não amarra o poder executivo e faz com que a sociedade civil possa cobrar melhor os governantes”, conclui.

Preconceito

A secretaria tem outros planos específicos e alguns deles têm o pragmatismo que marcou a carreira teatral do atual secretário, que por vezes foi tratado com “preconceito”. “Optei por uma linguagem mais popular. Acharam que ia trazer este viés para a secretaria. Não estou aqui para fazer meu teatro, e sim para atender a demanda da cultura. Sei onde o calo aperta”.

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