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Marin é uma prostituta que canta músicas de ídolos infantojuvenis | Divulgação
Marin é uma prostituta que canta músicas de ídolos infantojuvenis| Foto: Divulgação

São Paulo - Lost Paradise in Tokyo, longa-metragem de Kazuya Shiraishi, é um dos interessantes títulos japoneses selecionados para Mostra Internacional de cinema de São Paulo neste ano. Como em quase todos os filmes oriundos do país asiático nesta edição, o longa-metragem trata da solidão e da incomunicabilidade nas grandes cidades, regradas pela velocidade e pelo clima de constante competição.

O personagem central da trama é Mikio, que, depois da morte do pai, é forçado a cuidar do irmão mais velho, Saneo, que é autista, motivo de vergonha para o rapaz, operador de telemarketing de uma construtora de condomínios. Ele nega existência de Saneo, que no passado foi acusado de molestar uma menina de 10 anos, ao ponto de mantê-lo trancado em seu minúsculo apartamento o dia todo.

Como Saneo tem desejos sexuais pronunciados, Mikio resolve contratar uma prostituta para satisfazê-lo. Marin é uma jovem que, quando não está atendendo a clientela, apresenta-se na rua, cantando músicas de ídolos infantojuvenis. Ela sonha juntar dinheiro para comprar uma ilha particular e sair do Japão. Fugir, enfim.

Ao trazer a garota de programa para dentro de casa – e de suas vidas –, Mikio desencadeia uma série de acontecimentos que vai causar uma reviravolta na vida dos três personagens.

Produção de baixo orçamento, mas com um bom elenco e roteiro bastante intrigante, Lost Paradise in Tokyo atesta a vitalidade do cinema nipônico contemporâneo, muito focado em mostrar as vicissitudes enfrentadas por uma geração imersa em uma sociedade intolerante com o fracasso.

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