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Atualizado em 11/04/2006 às 19h10

Os americanos ainda não aprenderam a lidar com o trauma dos atentados de 11 de setembro de 2001, quando mais de 3 mil pessoas morreram em atentados terroristas contra as torres gêmeas do World Trade Center e contra o Pentágono, sede do Departamento da Defesa. Um terceiro atentado, que teria como alvo o Congresso ou a Casa Branca, foi abortado pela suposta reação dos passageiros do avião seqüestrado, o Boeing 757-222 do vôo 93 da United Airlines. O avião caiu num campo no condado de Somerset, na Pensilvânia, matando seus 44 ocupantes: sete tripulantes e 37 passageiros, entre eles quatro terroristas árabes do grupo Al-Qaeda (veja trailer).

O longa metragem "United 93", de Paul Greengrass ("A supremacia Bourne"), conta a história do episódio menos badalado do 11 de setembro, quando a América perdeu seu senso de invulnerabilidade. O longa estréia dia 28 de abril, três dias depois da premiére mundial no Festival de Tribeca, em Nova York, sob a expectativa quanto a sua aceitação pelo público.

A revista "Time" informa que um multiplex de Manhattan, Nova York, parou de exibir o trailer devido a dezenas de queixas de freqüentadores que não piscam diante de cenas violentas dos longas de ação, mas reagiram com revolta ou lágrimas diante da reconstituição da tragédia.

O filme foi rodado nos Estúdios Pinewood, nos arredores de Londres, onde os atores também sentiram o impacto do incidente que reconstituíam. "A gente pasava horas gritando, sangrando, rezando, vomitando, urinando nas calças, tudo para sentir o que aquelas pessoas passaram, mas no final das contas podíamos sair e ir embora", disse à "Time" o ator Cheyenne Jackson, que faz o papel de Mark Bingham, um dos passageiros que participaram da investida contra os seqüestradores.

O diretor Greengrass, também autor do roteiro, se preocupou com a fidelidade da reconstituição. Ele se apoiou no relatório final da Comissão que apurou os atentados e em contatos com as famílias dos passageiros. Muitos deles ligaram para parentes de telefones celulares, depois que os quatro terroristas assumiram o controle do avião, souberam do ataque às torres gêmeas e resolveram tentar retomar o controle da aeronave, certos de que morreriam da mesma maneira que os passageiros dos outros três aviões.

Sempre que possível, o diretor escalou pessoas próximas dos originais. J.J.Johnson, como capitão do vôo 93, é piloto da United na vida real. Trish Gates, que faz a comissária Sandy Bradshaw, exerce a função na companhia. Lewis Alsamari, que vive um dos seqüestradores, foi do exército iraquiano. Ben Sliney, gerente de operações nacionais da Administração Federal de Aviação, que acompanhou o desenrolar dos seqüestros, aparece como ele mesmo.

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