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O festival de cinema de Toronto, como esperado, não tem decepcionado no quesito filmes potenciais candidatos ao prêmio Oscar. Nenhum dos trabalhos exibidos, porém, chegou tão perto de uma unanimidade quanto o "12 Years a Slave", terceiro longa-metragem do cineasta e artista visual inglês Steve McQueen. O filme é baseado na história real de Solomon Northup (Chiweter Ejiofor), um músico negro, livre, que, antes da Guerra da Secessão, é dopado e vendido como escravo para fazendeiros do sul dos Estados Unidos. "Suspendam as apostas: eu acabei de ver o vencedor do Oscar de melhor filme, e é '12 Years a Slave'", escreveu o editor de cinema do site Vulture, da revista "New York". Já o jornal inglês "The Guardian" deu avaliação de cinco estrelas para o drama de Steve McQueen. "12 Years a Slave" deve ganhar indicações nas principais categorias e colocar na disputa os atores Chiwetel Ejiofor, Michael Fassbender, no papel do volátil fazendeiro Edwin Epps, e Lupita Nyong'o, como a escrava Patsey, objeto do desejo do fazendeiro Epps. Outra obra aguardada era "August: Osage County", baseada em uma peça do americano Tracy Letts, vencedora do Pulitzer, e dirigida por John Wells. No filme, Meryl Streep faz a personagem Violet, a matriarca da família Weston, que é reunida à força quando seu marido, Beverly, vivido pelo ator Sam Shepard, desaparece. Trata-se de uma família altamente disfuncional. Violet sofre de câncer e é viciada em analgésicos. Sem filtro, ela lança ataques como uma metralhadora giratória contra as pessoas à sua volta. Sua filha mais velha, Barbara, interpretada por Julia Roberts, é a única do clã com coragem suficiente para enfrentá-la. O elenco é o grande trunfo da produção, com chances de indicações para Streep e Roberts. A fotografia do brasileiro Adriano Goldman, que capta tanto a amplidão da paisagem do Estado de Oklahoma, no meio-oeste dos Estados Unidos, quanto o interior sufocante da casa de Violet, também é um dos destaques do filme. Mas "August: Osage County" não consegue disfarçar a sua origem teatral. Depois de sua exibição no festival de Toronto, "Labor Day", de Jason Reitman, passou a figurar nas listas de possíveis concorrentes. A adaptação do romance de Joyce Maynard é o primeiro trabalho dramático do diretor, conhecido por "Juno" e "Jovens Adultos". Winslet interpreta Adele, uma mãe solteira deprimida que vive com o filho pré-adolescente (Gattlin Griffith) e é forçada a abrigar o fugitivo Frank (Josh Brolin). Desta forma, forma-se uma família das menos convencionais. Trata-se de uma história de emoções humanas complexas, mas Reitman consegue equilibrá-las e acerta no tom.

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