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Estátua em frente ao Museu de Arte Moderna de Nova York (MOMA), em 1957 |
Estátua em frente ao Museu de Arte Moderna de Nova York (MOMA), em 1957| Foto:

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  • A imagem
  • A poesia do cotidiano é registrada por Flávio Damm em suas andanças por Lisboa
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Ao longo de 64 anos de carreira, o fotógrafo gaúcho Flávio Damm se tornou referência do fotojornalismo brasileiro ao clicar a "vida dos outros". Alguns de seus flagras podem ser conhecidos pelo público curitibano na exposição Flávio Damm – Fotógrafo, que permanece em cartaz no Museu Oscar Niemeyer até 28 de fevereiro. O artista exibe 80 fotografias em preto e branco, selecionadas a partir de um arquivo pessoal de quase 60 mil negativos – semelhante a que foi realizada, no ano passado, no Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS), em Porto Alegre, para marcar os 80 anos de vida do fotógrafo. Entre elas, algumas imagens emblemáticas de sua trajetória profissional, iniciada em 1944, na Revista do Globo. A partir da­­quele ano, seus cliques estamparam importantes publicações brasileiras, como a lendária O Cruzeiro, e internacionais, como as revistas Time e Life, entre outras, nas quais é possível ob­servar a poética de planos e paralelos que Damm capta de cenas cotidianas observadas em suas andanças pelo mundo. A mostra também apresenta uma série de fotografias que Damm intitula de "carros-chefe", agregadas a peças novas. "É um trabalho resultante do dia-a-dia, visto que fotografo permanentemente. Somado, em especial, ao material que produzi na última viagem a Portugal – Lisboa e interior – e Paris. Esta é uma oportunidade de mostrar uma verdadeira retrospectiva do trabalho profissional que completo, ininterruptamente, por 64 anos de câmera na mão", conta o fotógrafo.

Trajetória Flávio Damm entrou para o mun­­­­do da fotografia como auxiliar de laboratório do fotógrafo alemão Ed Keffel, que foi morar em Porto Alegre para fu­­gir do nazismo, durante a Se­­gun­­da Gue­­rra Mundial. Quando passa a integrar o quadro de fotógrafos da Revista do Globo, na década de 1940, consagra-se profissionalmente ao realizar as primeiras fotografias de Ge­­túlio Vargas em sua fazenda, após seu afastamento da presidência da Re­­pública.

As imagens lhe renderam um convite para trabalhar na revista O Cruzeiro, no Rio de Janeiro, on­­de permanece por uma década e meia, tornando-se um dos mais importantes fotojornalistas brasileiros. Junto com José Medeiros (1921-1990), fundou a agência fotográfica Image, em 1962, uma das primeiras do gênero no país. Também é autor dos livros Brasil Futebol Rei (1965), Bahia Boa Terra Bahia (1967), Ilustrações do Rio (1970), Um Cândido Pintor Portinari (1971, Pernambuco Sim (1974) e Fotografias de Flávio Damm, 1990.

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