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Um museu da Noruega publicou nesta terça-feira uma foto das obras-primas de Edvard Munch, "O grito" e "Madona", que revela pequenos danos sofridos pelas telas, recuperadas pela polícia no mês passado, dois anos depois de terem sido roubadas.

Dois homens armados e mascarados entraram no Museu Munch, em Oslo, em agosto de 2004, em plena luz do dia, obrigaram os turistas assustados a deitar no chão e arrancaram as duas telas da parede, fugindo depois num carro conduzido por um terceiro homem.

Os ladrões arrancaram as telas de suas molduras, possivelmente por temer que estas pudessem esconder aparelhos de rastreamento.

A polícia não informou como localizou as famosas pinturas de 1893, mas as devolveu ao Museu Munch, onde estão sendo submetidas a exames técnicos pela polícia e os curadores do museu, incluindo esforços para encontrar impressões digitais e traços de DNA.

A foto publicada na terça-feira revela claramente um furo do tamanho aproximado de uma moeda e um rasgo pequeno na tela de "Madona", mas os danos a "O grito" são mais difíceis de discernir.

- Um canto está ligeiramente afundado, como se alguém tivesse deixado a tela cair no chão, e há algumas marcas de umidade - disse à Reuters uma funcionária do departamento de cultura de Oslo, Gro Balas.

"O grito", a obra mais famosa de Munch, é um ícone da angústia existencial. A tela mostra uma figura amedrontada contra o pano de fundo de um céu vermelho-sangue.

Balas disse que também há danos à tela de "Madona", que mostra uma mulher de longos cabelos negros e os seios nus.

O museu disse em comunicado que não dará maiores informações sobre os danos, mas publicou a foto em seu web site, http://www.munch.museum.no.

Balas disse que o museu vai colocar os quadros em exposição no museu ainda este ano, antes de ter início o trabalho de restauração, que deve levar meses.

Em maio, três homens foram condenados por participação no roubo e foram sentenciados a até oito anos de prisão. Dois deles foram ordenados a pagar indenização de 122 milhões de dólares por danos. Três outros acusados foram absolvidos.

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